A suspensão temporária da Guiné-Bissau de todas as actividades da CPLP, decidida a 16 de Dezembro pelos Chefes de Estado e de Governo, é vista pelo analista Osvaldo Mboco como um reflexo das fragilidades institucionais do país e, ao mesmo tempo, como uma mensagem política clara da organização contra governos resultantes de golpes de Estado, reafirmando o compromisso com a ordem constitucional e os princípios democráticos
A decisão foi tomada durante a I Conferência Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada por videoconferência, convocada para analisar a situação política na Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado ocorrido a 26 de Novembro de 2025.
No mesmo encontro, foi determinada a transferência temporária da presidência pro tempore da organização para Timor-Leste. Antes da deliberação colectiva, a junta militar que assumiu o poder em Bissau tinha anunciado a suspensão imediata da participação do país nas actividades da CPLP, tendo alegado reiteradas violações dos Estatutos da organização e a não observância do seu estatuto enquanto presidente em exercício da comunidade.
A posição foi formalizada numa nota enviada ao Secretariado Executivo da CPLP, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense.
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