O Qatar e os Estados Unidos organizam na Terça-feira uma conferência sobre a força de estabilização para a Faixa de Gaza no âmbito do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, segundo fontes do exército e imprensa árabe
Uma fonte qatari adiantou à agência de notícias espanhola EFE, sob condição de anonimato, que representantes de 25 países participarão na reunião, que se realizará em Doha e “contará com sessões sobre a estrutura de comando e outros temas relacionados com o envio da força internacional para Gaza”.
Vários meios de comunicação árabes indicaram que a conferência será organizada pelas autoridades do Qatar e pelo Comando Central dos Estados Unidos, países que mediaram, juntamente com o Egito, o acordo de cessar-fogo, que se baseia no plano de paz do Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra no enclave palestiniano.
Uma fonte de segurança egípcia disse à EFE, no entanto, que o Egito “ainda não decidiu se participará ou não na reunião de Doha que abordará o plano para a criação da força de estabilização na faixa”. Além disso, indicou que “ainda não se sabe se essa reunião será alternativa à conferência de reconstrução de Gaza” que o Egito pretende organizar, e cuja data ainda não foi anunciada.
Esta informação surge depois de Trump ter anunciado que planeia nomear um general norte-americano para liderar a Força Internacional de Estabilização (ISF, na sigla em inglês) em Gaza, segundo avançou na Quinta-feira passada o site Axios, com base em fontes norte-americanas e israelitas.
A criação dessa força multinacional foi enquadrada na resolução adotada em 17 de Novembro pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apoiou o plano de 20 pontos de Trump para Gaza. Esse plano incluía o compromisso de reconstrução sob supervisão internacional e a criação de um governo de transição, a chamada Junta de Paz, que deverá ser liderada por Trump.
A primeira fase do plano de paz começou em outubro com a entrada em vigor do cessar-fogo, embora, desde então, os ataques israelitas tenham causado a morte de mais de 300 palestinianos. Se se confirmar que um general norte-americano irá liderar a Força Internacional de Estabilização, o Axios sublinhou que os Estados Unidos teriam o controlo não só da administração transitória, mas também da segurança do enclave.









