O jornalista e escritor angolano João Rosa Santos foi empossado e assumiu a Cadeira n.º 37, na qualidade de Imortal, da Academia Brasileira de Escritores (ABRE SC), no início deste mês de Dezembro, em São Paulo, Brasil
O escritor angolano considerou a conquista motivo de grande alegria. Para si, ocupar esta cadeira representa “uma distinção que muito o honra, orgulha e catapulta” a sua trajectória no mundo da literatura.
O novo embaixador cultural da ABRESC em Angola assumiu o compromisso de respeitar e prestigiar a memória da Instituição, que descreveu como “um símbolo da literatura brasileira, um espaço de resistência intelectual, de pensamento livre, de cultivo da palavra e de democracia cultural”.
“Estou a viver um sonho. É um momento especial na minha vida. Não é fácil integrar uma comunidade de escritores, leitores e cidadãos comprometidos com o mérito”, afirmou, recordando também a sua ligação à União dos Escritores Angolanos.
De referir que os titulares dessas posições honoríficas são considerados embaixadores da palavra, ocupando cadeiras reservadas a personalidades com destacada actuação na educação e reconhecido empenho na formação de novos leitores.
Na oportunidade, o presidente da Academia Brasileira de Escritores, João Paulo Vany, depois de desejar sucesso aos empossados, recordou que os objectivos da instituição continuam a ser “a formação de leitores, o combate à desinformação, a ampliação da cidadania, a internacionalização, o fortalecimento das vozes marginalizadas e o compromisso com a dignidade humana”.
Na cerimónia, bastante concorrida, foram igualmente imortalizados Amosse Mucavele, de Moçambique, e Vera Duarte, de Cabo Verde, sendo na ocasião indicados como embaixadores culturais da Instituição nos respectivos países.
Percurso do escritor
João Rosa Santos, que já publicou cerca de 15 livros de bolso, entre os quais “Quando o Coração Chora”, “Contornos da Vida”, “Que Mal Fizemos Nós”, “Croningolando, Preta Fula”, “Ndolo”, “Balabina Kubanza”, “Etu Mu Dyetu”, “Sexta Festa”, “Tilito Santos”, “Ana Maxinde”, “Perdidos e Achados” e “Caixa Preta”, prevê lançar, em Janeiro de 2026, em Luanda, a sua obra autobiográfica intitulada “Sou Eu – Andando Por Aí”. O novo ‘imortal’ da Academia Brasileira de Escritores nasceu na província de Malanje, é mestre em Assessoria de Imagem e Consultoria Política e membro da União dos Escritores Angolanos, da Liga da Velha Guarda de Malanje e da Associação Tilito Santos.
O grémio
A Academia Brasileira de Escritores nasceu de um esforço colectivo e do ideal de valorizar a literatura, a cultura e o pensamento crítico, promovendo o diálogo literário e o intercâmbio entre países, autores e instituições.









