O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou, no início deste mês, que os produtos nacionais já representam 72% dos bens que são comercializados nos diferentes estabelecimentos formais em Angola, e que a tendência é crescente. Ouvido por este jornal, o economista paulo forquilha considera ser um resultado positivo, o que demonstra para si a valorização da produção local
De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura às Empresas, referente ao terceiro trimestre de 2025, divulgados pelo INE, 72% dos produtos comercializados pelos empresários foram maioritariamente de origem nacional. Os dados do INE ainda indicam que a evolução da produção nacional segue firme, sendo que houve um aumento de 7,6 pontos percentuais, quando comparado ao trimestre homólogo.
Na visão do economista Paulo Forquilha, o resultado apresentado é positivo e, no fundo, demonstra que a produção local está a ganhar cada vez mais espaço, sobretudo no sector alimentar. Entretanto, o especialista chama atenção para o facto de que, para consolidar esse progresso, é preciso rever a questão da falta de matéria-prima, uma vez que é essencial para a origem de certos produtos nacionais.
“Muitos desses produtos nacionais continuam dependentes de matérias-primas e também de insumos importados. Esta dependência tem estado a limitar aquilo que é o impacto real da industrialização e traz consigo consequências directas para a nossa economia”, esclareceu o economista. Para que a produção local avance, é fundamental que o país aposte na criação de matérias-primas, sobretudo aquelas que são essen- ciais. A estratégia, defende o analista, permitirá a obtenção de ganhos estruturais bastante importantes.









