Decorreu ontem, no Tribunal de Luanda, Palácio Dona Ana Joaquina, mais uma sessão de julgamento do caso “Zico”, que envolve um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), acusado de ter alvejado mortalmente três jovens no município do Cazenga, em Junho de 2024. Irmão do arguido diz ter havido troca de tiros entre o agente e os três jovens (supostos meliantes)
Nesta sessão, o Tribunal chamou o irmão do arguido a prestar declarações relativamente ao caso que ocorreu no dia 19 de Junho de 2024, que resultou na morte de três cidadãos. De acordo com Andrade Moreira, irmão de Uatucaneto Moreira (o agente), estiveram envolvidos dois oficiais das FAA.
Tal como Uatucaneto, os dois oficiais, segundo Andrade, tinham ido socorrer um grupo de pessoas que afirmava ter sido assaltado nas imediações do bairro Curtume, depois de terem saído de uma festa, por volta das 4 horas da madrugada. “Essas cinco ou seis pessoas estavam na casa da minha mãe, na festa do meu sobrinho (filho do arguido), por isso vieram ter comigo”, afirmou. Andrade afirma que não conhece nenhum dos elementos que foram ter consigo a pedir ajuda, mas, tão logo ouviu a lamentação, acordou o irmão mais velho, por sinal agente do SIC, para juntos irem atrás dos presumíveis meliantes.
A pronta acção ocorreu na ideia de que seriam “Os sete”, um grupo que vinha praticando assaltos na mesma altura. “Dirigimo-nos a uma rua onde encarámos alguns jovens que, segundo os assaltados, teriam sido os mesmos a praticarem o assalto. Sendo assim, o meu irmão e os dois militares ficaram à frente e, depois de ele ter ordenado que os jovens parassem, estes começaram a efectuar disparos, pelo que, em contrapartida, o Uatucaneto e os oficiais começaram a disparar de volta”, afirmou o irmão.









