O governo angolano está a trabalhar para que, rapidamente, retome o funcionamento normal da fábrica de cimento China internacional Fund (CIF), localizada no município de bom Jesus, província de Icolo e Bengo, com vista ao aumento da oferta e redução do preço deste produto no mercado nacional
O facto foi anunciado esta segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns, durante um encontro entre as comissões de trabalho especializadas da Assembleia Nacional, ministros e responsáveis dos órgãos da Administração do Estado e Poder local, no âmbito da discussão, na especialidade, da Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2026.
O pronunciamento do governante surge na sequência do aumento do preço do saco de cimento de 50 quilos, que passou de 5 800 para 10 mil kwanzas, no mercado paralelo, um valor histórico deste produto no mercado angolano. Nas últimas semanas, revendedores e clientes têm reclamado sobre a escassez do cimento e da subida dos preços, que variam entre 8 500 kwanzas para a referência 22.5, que antes custava Kz 5 800/6 000, 9 500 kwanzas (32.5) e 10 mil kwanzas para o cimento de referência 42.5.
Em função desse quadro, o ministro da Indústria e Comércio apontou a paralisação da fábrica CIF, escassez de matéria-prima, como o clinker (muitas vezes importado), óleo combustível pesado (Heavy Fuel Oil – HFO) e equipamentos na indústria cimenteira, como principais factores da escassez do cimento no país.
A par disso, Rui Miguêns de Oliveira precisou que a escassez de cimento no mercado nacional será ultrapassada com aumento da produção interna, cuja capacidade instalada actual é de 8,5 milhões de toneladas/ano. No âmbito da estratégia de aumento da produção, lembrou que estão a ser instaladas outras unidades fabris, sendo uma em Benguela, igual número no Uíge e outras duas em Luanda, que contribuirão para colmatar o défice existente.









