Aprecio imenso o noticiário de algumas das cadeias internacionais de televisão, principalmente as desportivas, por conta da atenção que dão aos jogadores dos seus países de origem. A portuguesa é uma delas. Há vezes em que até parece que, numa partida de futebol, em que jogam necessariamente 22 jogadores, só os atletas lusos é que terão actuado.
Longe dos dias em que um atleta como o Vitinha, do PSG, faz um hat-trick, noutros em que os atletas do país de origem não tenham sequer marcado, mas somente feito uma assistência, os seus correligionários ainda assim não se fartam de os destacar. Retirando até em determinados momentos o protagonismo daqueles que se terão destacado muito mais e se mostrado preponderantes.
Aos poucos, fui me apercebendo de que, longe de serem atletas bem pagos nos países em que jogam, gozarem de uma fortuna e fama imensuráveis, para os seus compatriotas representam autênticas marcas. E são em certas alturas usadas para desbloquear questões de outras índoles, principalmente se estiverem em jogo os interesses dos seus países.
O patriotismofalamaisalto.E independentemente do cenário em que se encontram, é possível vermos determinados povos unidos em torno das suas raízes, símbolos, interesses e até culturas, muito distante do que se observa entre nós angolanos, onde quase sempre se nota muito mais a vontade canina de se estar ao lado do agressor sem até divisar que interesses estarão em jogo.
Foi assim há dias, quando André Ventura quis achincalhar as autoridades angolanas. O mesmo político, cujo partido é integrado por pilantras, ladrões ou várias espécies de indivíduos que atentam às leis portuguesas, alguns dos quais com fortes evidências, mas não afastados das hostes do partido que hoje se tornou a segunda opção na política lusa. A qualidade de quem ataca também é necessária na hora de se aferir a sua importância.
Há vezes em que alguns deles são acérrimos apaixonados pelo holofote e só polemizando é que acabam por se mostrarem ao mundo ou levados a sério em determinados encontros. E o chanceler alemão não parece muito distante destes. Há dias, no brasil, onde participou na COp 30, o próprio chanceler alemão criou polémica em relação ao Estado do pará, queixando-se de condições que dizia não existir, incluindo na lista de supostos indignados outros cidadãos alemães, mas estes acabaram por contrariá-lo dias depois.
É provável que Friedrich Merz não tenha encontrado o famoso ‘pão decente’ no hotel em que esteve alojado. É admissível, tendo em conta o que vai sendo dito pelo responsável da associação de panificação que muito do pão que se come não tenha a qualidade que se esperava, mas não é aceitável do meu ponto de vista encontrar num pires ou numa bandeja de uma unidade hoteleira o barómetro para aquilo que se produz no país em termos de panificação.
Assim como em todo o mundo, em Angola também existe sim quem faça bons pães. Mas, longe disto, é importante que se passe a incorporar no cardápio destas unidades hoteleiras praticamente ocidentalizadas pratos ou opções que passem pela gastronomia angolana.
Recentemente, estive no Huambo e no restaurante Novo Império se pode comer um bom pão e também uma boa broa que não deverá nada àquilo que muitos só esperam comer na antiga metrópole ou nas terras de Mersz, cujos comentários deveriam em certo momento incentivar o patriotismo e não os ataques balofos até mesmo de quem um dia teve a oportunidade de poder mudar o cenário que hoje diz existir.









