O Presidente da República inaugura dentro de momentos a nova central de tratamento de gás no Soyo, província do Zaire — a infra-estrutura principal do New Gas Consortium (NGC), o primeiro grande projecto de gás não associado em Angola
O NGC mobiliza reservas offshore dos campos Quiluma e Maboqueiro — situados a cerca de 40 km da costa — e processa o gás em terra, numa unidade construída no município do Soyo. A central tem capacidade para tratar até 400 MMSCFD de gás e 20.000 barris por dia (bpd) de condensados.
A rede de produção e exportação inclui plataformas fixas offshore, gasodutos, cabos umbilicais e um microtúnel subaquático para ligação à costa.
Um marco técnico e estrutural para o país
O NGC é considerado o primeiro grande empreendimento de gás não associado no país, destinado a diversificar a matriz energética angolana, historicamente dominada pelo petróleo. O projecto é liderado pela Azule Energy, em consórcio com os parceiros do bloco, nomeadamente a CABGOC, a Sonangol e a TotalEnergies, com aval da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).
A infra-estrutura, a ser inaurada esta manhã na cidade petrolífera do Soyo,
compreende plataformas fixas em águas rasas, sendo a plataforma Quiluma (hub) construída no Ambriz, Angola, e a plataforma Maboqueiro (satélite), construída em Lerici, Itália. A rede de produção e exportação soma cerca de 120 km de oleodutos e 70 km de cabos umbilicais e de controlo, com aproximação à costa mediante um microtúnel subaquático de 1,2 km.
A central onshore realiza múltiplas operações, sendo a separação de líquidos, desidratação de gás, estabilização de condensados e preparação para exportação ou utilização, integrando a cadeia de abastecimento da Angola LNG — com destino ao mercado doméstico e internacional.
Impacto esperado
Ontem, o governador da província, Adriano Mendes de Carvalho, reafirmou que a central estará pronta “dentro de momentos” e sublinhou o seu papel transformador para a economia local e nacional. Segundo o governante, o NGC deverá gerar muitos postos de trabalho, directa e indirectamente, além de aumentar as receitas fiscais e as divisas do país — reforçar a segurança energética e consolidar Angola como produtor de gás.









