O governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior, admitiu, quarta- feira, 26, que a exportação de abacate angolano para o Reino dos Países Baixos, Europa, marca uma nova fase do Corredor do Lobito, representando “avanço significativo”. Já o secretário de Estado para os Transportes, Jorge Bengue, diz que esse passo sugere a entrada de Angola no comércio internacional, numa altura em que a União Europeia mobiliza 2 mil milhões de euros para o corredor de desenvolvimento do Lobito
Dezassete toneladas de abacate, maior dos parte quais produzidos na província do Huambo, com certificação eletrónica fitossanitária (EPHYTO) e certificações internacionais GLOBALG.A.P. e GRASP, seguem viagem, a qualquer momento, para o Reino dos Países Baixos. A cerimónia de exportação do primeiro lote decorreu no terminal polivalente do Porto do Lobito, infra-estrutura operada pela AGL.
Na unidade portuária, estiveram presentes autoridades governamentais, representantes da União Europeia, operadores logísticos, parceiros internacionais e demais convidados. Intervindo na cerimónia, o governador Provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior, sublinhou que esse marco representa um avanço significativo para a agricultura nacional, ao mesmo tempo que reforça a consolidação do corredor do Lobito como um eixo estratégico de circulação de mercadorias, na perspectiva da integração regional em África.
Informações colhidas por este jornal apontam que a iniciativa resulta da operacionalização da Plataforma Logística da Caála, na província do Huambo, desenvolvida em parceria com o Reino dos Países Baixos, ao abrigo da iniciativa Global Get Away. De resto, Nunes Júnior considera que a cooperação internacional fortalece o papel de Angola nos mercados globais e, por conseguinte, impulsiona a diversificação económica do país.
Segundo disse, o projecto constitui, igualmente, um incentivo à agricultura familiar e empresarial e promove o aumento da produção interna, criação de empregos e a ampliação das oportunidades de exportação. Destaca que o primeiro contentor de abacate representa o símbolo da “resiliência e do talento dos produtores angolanos”, realçando que esse é apenas o início de uma nova fase para o Corredor do Lobito, acreditando que se deverá afirmar como um verdadeiro corredor de “prosperidade para Angola e para a região. A expectativa é que muitos outros contentores sigam o mesmo trajecto, reforçando a posição estratégica do país no comércio internacional”.









