O Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (Minpemar) e o Eximbank da Coreia do Sul formalizaram, nesta terça-feira, em Luanda, o acordo que marca o início do projecto de requalificação da EDIPESCA, uma infraestrutura estratégica para o processamento e conservação do pescado, que visa proporcionar uma melhoria na seguran- ça alimentar em Angola.
O Projecto está avaliado em 58 milhões de dólares e será financiado através de uma linha de crédito sul-coreana, com o intuito de modernizar completamente as instalações da EDIPESCA, que existem desde 1960 e, portanto, serão requalificadas a fim de estarem operacionais para o tratamento do pescado.
De acordo com o consultor sul- coreano Sung Jin Oh, os desembolsos do financiamento serão feitos exclusivamente em won coreano, uma vez que todas as empresas contratadas para executar o projecto são de origem sul-coreana. O Eximbank será responsável por liberar os fundos directamente às entidades envolvidas.
Durante a cerimónia, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Cármen do Sacramento, sublinhou que a iniciativa começou a ser desenvolvida há mais de oito anos e teve vários atrasos, incluindo uma suspensão que durou quase seis anos, por motivos diversos. O projecto será agora reavaliado, visto que foi desenhado há algum tempo, de maneira a que sejam reformuladas algumas das propostas que foram feitas na altura, bem como olhar para as empresas que irão trabalhar neste projecto.
A ministra destacou que projectos estabelecidos com o exterior acabam sempre por ter uma componente de exportação de produtos, portanto, inicia-se agora nesse contexto a cooperação entre Angola e a Coreia do Sul no sector do pescado. O consultor sul-coreano, Sung Jin Oh, que lidera o grupo de sul- coreanos no campo, retomará agora as actividades que haviam sido interrompidas.
Sung Jin Oh frisou ainda que estão bastante engajados neste projecto bem como na construção de novas instalações para o tratamento do pescado. A ministra das Pescas e Recursos Marinhos destacou que este é um projecto estruturante para o sector, com impacto directo na qualidade, diversidade e conservação do pescado, contribuindo para o reforço dos estoques e fornecimento regular à população.
A titular da pasta das pescas ressaltou ainda que o projecto terá forte impacto na inclusão, especialmente das mulheres que actuam na transformação e comercialização do pescado, garantindo condições mais dignas, equitativas e tecnicamente adequadas. De realçar que o contrato terá uma duração de 5 anos, e o contrato de empréstimo e o acordo- quadro já foram assinados em setembro deste ano.









