A áfrica Global Logistic (AGL) considera “selvagem e ilegal” a greve realizada, recentemente, por centenas de trabalhadores e reportada pelo OPAÍS em edições passadas, com a qual os funcionários reivindicavam melhores condições de trabalho e salariais. em nota enviada a este jornal, respondendo a uma matéria de questões colocadas, no âmbito do exercício do contraditório, a empresa reafirma o compromisso de tudo fazer para a garantia do bem-estar dos mais de 700 trabalhadores
Numa nota enviada à correspondência deste jornal em Benguela, a África Global Logistics (AGL) começa por dar nota de que, em Angola, tem oferecido aos operadores económicos, em quatro centros (Luanda, Lobito, Soyo e Cabinda), soluções logísticas em todos os sectores de actividade que regem a vida económica do país.
Entrando directamente para as reivindicações, admite esforços para formar o pessoal e adquirir equipamentos de última geração, com vista a reforçar a competitivi dade do porto do Lobito, na perspectiva de continuar a elevar o seu perfil entre os portos mais eficien tes de África.
Conforme sublinha, apesar disso, o terminal enfrentou, recentemente, uma greve, a qual qualifica de «selvagem e ilegal», acompanhada de um abrandamento deliberado das actividades, conhecido como «movi mento caracol», “que resultou na demissão colectiva dos representantes dos trabalhadores numa assembleia geral”.
Explica que, na sequência dessa demissão, foi formado um novo colectivo, o qual acusa de falta de legitimidade sindical, que apre sentou uma lista de reivindicações que contestavam os acordos exis tentes. “Até à data, a Direcção Geral aguarda documentos oficiais que certifiquem a representatividade desta nova equipa antes de considerar quaisquer discussões adicionais”, frisou, acusando um
pequeno grupo de trabalhadores de ter agido à margem da lei e, por conseguinte, a empresa ver-se-ia obrigada a sancioná-los de acordo com os seus regulamentos internos e o “Código do Trabalho angolano”.
Em relação à falta de condições de trabalho por que os funcionários reclamaram, em entrevista exclusiva a este jornal, a nota assume o compromisso de melhorar o bem-estar deles, ao informar que foi celebrado, em Março de 2025, um acordo colectivo, após negociações com os parceiros sociais. De acordo com a direcção da em presa, o aludido acordo melhora “condições salariais revistas e significativamente melhoradas, em linha com a situação económica e os níveis salariais regulamentares, com um aumento substancial para todos os funcionários”, promete.
A nota enviada ao OPAÍS sustenta que as conclusões das discussões foram validadas por todas as partes interessadas e, acto contínuo, incorporadas num acordo de esta belecimento que ainda está em vigor. “Este documento demonstra o nosso compromisso em garantir o bem-estar dos nossos funcionários. Se houver alguns pontos a rever, não excluímos fazê-lo dentro de uma estrutura legal”, prontifica-se.
Diferente do que alegam os funcionários, a direcção da empresa diz-se aberta ao diálogo com representantes legítimos, realçando que o acordo actual é resultado de discussões com parceiros sociais. Logo, conforme se constata, não se revê na comissão ora criada. “Por isso, esperamos que os no vos parceiros nos forneçam provas legais da sua existência. A ALT res peita os seus compromissos para com os seus funcionários.
Os salários são pagos regularmente e, até à data, não há qualquer com pensação em dívida”, garante. “É importante lembrar que continuamos a investir no bem-estar dos nossos funcionários, no desenvolvimento de competências e na aquisição de equipamentos modernos para promover o desenvolvimento económico e fortalecer a posição do porto de Lobito no comércio sub-regional”, remata no ta de Jean Yves Lunot.
A empresa – lê-se na nota do director-geral – coloca a sua experiência ao serviço do desenvolvi mento socioeconómico de Angola, através de soluções logísticas mul timodais (desembaraço aduaneiro, transporte, armazenagem). Saliente-se que a AGL é a acionis ta maioritária da AGL Lobito Ter minal (ALT), operadora do ter minal multifuncional e de con tentores do Lobito, que permite a Angola receber navios de grande capacidade.
O documento, sob punho de Jean Lunot, lembra que a ALT assumiu a gestão do terminal portuário em 2024. Desde então, investiu mais de 3 milhões de euros na aquisição de novos equipamentos e mais de 1,5 milhão de euros na renovação dos equipamentos de trabalho.
Por: constantino eduardo, em benguela









