O futebol é, para mim, uma das melhores celebrações que ocorrem num país. Isto porque, muito além de 22 jogadores em campo (11 em cada equipa), um treinador que orienta cada um dos plantéis e toda uma equipa técnica envolvida, este desporto une indivíduos gera sentimento de euforia e alegra uma nação inteira.
Em África, entretanto, tal como noutras paragens continentais, não é diferente, apesar de que muito ainda nos falta para que os nossos campeonatos nacionais cheguem ao nível das “Premier Leagues” e das “La Ligas”.
Ora, além de apresentarmos ainda um nível de competitividade aquém das expectativas, começamos, infelizmente, a enfrentar o fenômeno do feiticismo num desporto que devia ser disputado apenas à base de táticas, da técnica e do talento.
O recente caso relatado por Éric Chelle, selecionador da Nigéria, depois do jogo contra o Congo Democrático, que terminou a favor dos congoleses, revela um cenário triste que começa a crescer em África.
À primeira vista parece ser uma desculpa desfarrapada do orientador da Nigéria, mas há que não ignorar a existência de práticas ocultas, como o vudu.
Todavia, se almejamos chegar ao mais alto nível futebolístico, a par da estrutura e do financiamento, é necessário deixarmos de lado tais práticas, que só nos comprometem e, a ser verdade, tornam o futebol africano num conjunto de jogos sujos infiltrados em práticas ocultas.









