Ao coordenador do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptimo Dia da Independência Nacional, um momento especial para todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste.
Viva a liberdade! No âmbito das festas da Independência, aproveito o vosso espaço para falar um pouco daquilo que foi o mercado do Roque Santeiro, no Sambizanga, em Luanda. Nos anos 90, o Roque Santeiro era um espaço comercial de referência no país. Tudo era comercializado lá.
Não havia diferença! Do cidadão mais baixo ao mais alto, todos iam fazer compras no Roque Santeiro. Era algo que mexia com a vida de todos. Muitas mães, que hoje já estão na terceira idade, educaram os filhos com os negócios que faziam naquele mercado.
Por isso, faço questão de lembrar também o Roque Santeiro numa festa como essa, a nossa Dipanda, porque o país estava em guerra e o único mercado que nos abastecia era o Roque.
Apesar de passar a história, aquele mercado serviu de estudo e de defesa de tese de vários estudantes angolanos e estrangeiros. A sua grandeza admirava qualquer cidadão nacional ou estrangeiro que visitasse, porque era raro, num período em que o país estava sob fogo, encontrar de tudo um pouco.
Por isso, faço vênia a todos que naquele mercado fizeram a sua vida, porque foi sim, numa linguagem mais simples, a maior bolsa de valores de Angola. A circulação de pessoas e bens no Roque Santeiro era impressionante!
Por: Rúben Belembe, Rangel









