Uma criança de cinco anos de idade morreu subitamente hoje (quarta-feira) numa escola de ensino primário no Luena, província do Moxico, após tomar o lanche durante o intervalo da aula, soube a ANGOP
Trata-se de uma morte ocorrida em circunstâncias estranhas, cujos relatos apontam que a criança terá apresentado um mal-estar após se alimentar de pastel (bolinho) acompanhado de sumo de fruta industrializado, adquiridos pelo próprio pai da criança a caminho da escola.
Segundo o subdirector pedagógico da referida instituição (São Bento), Domingos Calei, o facto ocorreu pouco tempo depois da hora do intervalo, quando supostamente a criança apresentou sinais de sonolência na sala de aula, situação que despertou a atenção dos presentes.
Após ser verificado, disse, o menor foi transportado para um outro compartimento da instituição com pouco fluxo de ar, situação que obrigou a direcção da escola a convocar seu encarregado.
“O encarregado não demorou a chegar, tendo encontrado a equipa a tentar reanimar o menino”, disse. Após essas manobras, o menor foi transportado para o Hospital Geral do Moxico para receber assistência médica, porém algo que não se concretizou pelo facto de a criança ter falecido poucos minutos depois da sua chegada à unidade sanitária.
Por seu turno, o director clínico do Hospital Geral do Moxico, Paulo António, disse que o menor deu entrada à instituição com os últimos suspiros, considerando como causa de morte “ainda por se determinar, porque, para tal, precisaremos de intervenção da medicina legal para esclarecer as possíveis causas da morte”.
Perante este cenário, a direcção da escola notificou os Serviços de Investigação Criminal (SIC) para determinar se houve factos que configuraram crimes, no entanto, os responsáveis da instituição forense declinaram falar à ANGOP.
Porém, a ANGOP soube que o SIC não dispõe de equipamentos tecnológicos e conexos para efectuar autópsia localmente, tendo a morte declarada com um diagnóstico indeterminado. Por sua vez, o pai do menor, Isaías Manuel Lopes, visivelmente emocionado, apelou a uma investigação profunda para melhor esclarecimento das causas da morte.
Por outro lado, questionou o protocolo usado pela instituição escolar para assistência médica do menor. Sobre o alimento que a criança levou à escola para lhe servir de lanche, disse tratar-se de bolinho e sumo, que foi igualmente consumido por outros membros da família. Este é o primeiro caso do género reportado pelas entidades administrativas da província.









