O governovenezuelano mantém comunicação diária com Moscovo em diversas áreas de cooperação, afirmou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
E m meio às crescentes tensões com os Estados Unidos no Caribe, as relações com a Rússia ganham um valor ainda mais alto. “É assim que deve ser. Serenidade, confiança e fraternidade. Mantemos comunicação diária e constante com o governo russo sobre todos os assuntos, pois temos muitos projectos em andamento”, afirmou Maduro no seu programa televisivo “Con Maduro +”.
O líder venezuelano comentou a recente declaração do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que expressou disposição para responder aos pedidos de Caracas levando em conta as ameaças existentes. Segundo Maduro, as relações entre Caracas e Moscovo abrangem todos os principais sectores — industrial, tecnológico, científico, económico, financeiro, monetário e militar. Ele destacou que a parceria se baseia em princípios de igualdade, respeito e benefício mútuo.
“A Rússia é uma grande potência mundial, mas é capaz de estabelecer relações de igualdade, respeito e cooperação com países como a Venezuela. Aliás, a relação com a Rússia é, podemos dizer, exemplar, pois os russos, sob a liderança do presidente [russo Vladimir] Putin, construíram um modelo de respeito pelo direito internacional e de cooperação para o desenvolvimento mútuo”, sublinhou o presidente.
Como exemplo do aprofundamento das relações bilaterais, Maduro mencionou o recente encontro “bem-sucedido e produtivo” entre empresários venezuelanos e russos, além do lançamento do vôo direto entre Caracas e São Petersburgo.
As declarações do presidente venezuelano ocorrem num momento de tensão com os Estados Unidos. Em Setembro e Outubro, as Forças Armadas norte-americanas realizaram operações perto da costa venezuelana, alegando combater o tráfico de drogas. Segundo a emissora NBC News, Washington estaria a avaliar opções de ataque contra narcotraficantes dentro da Venezuela.
Em Agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o Presidente Donald Trump está disposto a usar “todos os elementos do poder norte-americano” para combater o narcotráfico, sem descartar uma operação militar no país sul-americano.









