Um acordo de princípios para atribuição dos blocos 19, 34, 35 e outros 14 em águas profundas foi formalizado ontem, em Luanda, entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a multinacional britânica Shell
O acordo surge na sequência da criação do consórcio constituído pela Equinor, Sonangol Exploração e Produção e a Shell, marcando o regresso efectivo desta última ao país, após um interregno de 20 anos.
Com um investimento inicial de mil milhões de dólares norte-americanos para aquisição sísmica e perfuração de poços, o pacto cria balizas para futura celebração de 17 contratos e serviços com risco nos blocos 19, 34 e 35 (em águas profundas da bacia do Cuanza) e 14 blocos situados em águas profundas das bacias do Baixo Congo e do Cuanza.
Rubricaram o instrumento o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, a directora-geral da Equinor, Ane Aubert, o vicepresidente executivo da Shell, Eugene Okpere, o presidente da Comissão Executiva da Sonangol Produção e Exploração, Ricardo Van-Deste, e o vogal da Comissão Executiva da mesma empresa, Walter Nascimento.
O acto de assinatura foi presidido pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que na ocasião referiu que o retorno da Shell no país sinaliza que Angola é um destino “seguro, sério e competitivo para investir”.
Ressaltou que a iniciativa vai traduzir-se em mais receitas fiscais para o Estado, criação de emprego, qualificação da mãode-obra nacional, acesso à tecnologia de ponta, sem descurar o estímulo ao conteúdo local e diversificação da economia nacional. Por outro lado, disse que o projecto contribuirá para combater o declínio da produção petrolífera, mantendo a meta dos um milhão de barris/dia.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, reafirmou o compromisso da concessionária nacional com a criação de condições transparentes, estáveis e atractivas, capazes de responder às necessidades dos investidores e aos objectivos estratégicos do Estado.
Adiantou que estão a negociar, com um consórcio já existente, três novos blocos na bacia do Namibe, e duas outras concessões em áreas livres. Entretanto, o vice-presidente executivo da Shell, Eugene Okpere, augurou que o acordo seja o começo da descoberta de novos campos petrolíferos, em benefício dos angolanos.









