Uma exposição de pintura intitulada “Orisum”, que celebra a vida numa dimensão mais profunda e inesgotável onde o ponto de partida e de chegada convergem na espiritualidade humana, vai ser inaugurada nesta quarta-feira, 05, na Tamar Golan, na Fundação Arte e Cultura, em Luanda, a partir das 19 horas
De autoria do artista plástico Azevedo Munhangue, a exposição inédita representa não apenas corpos físicos, mas espíritos em busca contínua de completude, convidando os apreciadores da obra a reflectirem sobre o valor imensurável da rica e infinita diversidade material que compõe a alma do ser humano.
Com a sua obra, o autor desafia o público não somente a contemplar com os olhos, mas a sentir, reflectir e coexistir em comunhão com aquilo que torna os humanos uno e indivisíveis, a alma.
Composta por 16 peças, a obra é, acima de tudo, um convite à introspecção, um mergulho ao interior de cada ser, explorando as suas complexidades e semelhanças com outros seres. Pintada em tons de cinza, preto e branco, Azevedo explica que a sua obra é um reflexo de si mesmo, sua forma de expressar, de pensar, de reflectir e de compartilhar suas visões sobre o universo e a humanidade. “
É uma oportunidade para poder mostrar minha linha de pensamento, mostrar aquilo que eu tenho de especial, mostrar o porquê que eu pinto”, disse o jovem. A expressão “Orisum”, oriunda do latim ‘origo’, que significa o ponto de partida, o início ou a fonte de algo, representa a intenção do jovem artista em apresentar a sua visão sobre a origem da humanidade, entendendo que tudo quanto somos vem da alma, que é a fonte da nossa essência. “Esse nome representa o ponto de partida de tudo, a ligação com aquilo que nos faz ser quem somos.
É sobre isso que eu tenciono abordar”, reforçou o artista. Sublinhou, por outro lado, que a obra é um convite involuntário a uma viagem ao interior de cada ser, onde cada um é capaz de encontrar a sua verdadeira essência como humano, achar o que o torna comum e, ao mesmo tempo, diferente do seu próximo.
A inauguração da exposição será companhada de outros momentos artísticos, como música ao vivo na voz do músico Jato Lopes, finalista do concurso Festival da Canção 2025.Haverão ainda momentos de conversa aberta com o autor da exposição onde os presentes terão a oportunidade de expor suas dúvidas e curiosidades sobre a exposição.
Sobre o artista plástico
Natural de Luanda, Azevedo Kaiombo Chimuco Muhanguena, conhecido no panorama artístico como Munhanguena, é um artista plástico de 21 anos de idade, estudante do curso técnico de engenharia mecânica, na especialidade de metalomecânica, no Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL).
Dedica-se às artes visuais e plásticas desde os 13 anos de idade, apaixonado indiscutível pela técnica de realismo, com a qual pinta, com lápis de carvão, uma extensão de si mesmo, um espelho que reflecte aquilo que pensa, como pensa, sente, questiona, expressa e se auto-apresenta.
É membro do Ateliê de Artes Yssolo, do artista Serafim Serlon, que é por sinal seu mentor e guia no mundo das artes. Com esta exposição, Azevedo procura ser visto e conhecido através do seu trabalho e marcar os primeiros passos no mercado artístico nacional









