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Você ou tu? O ‘show’ da confusão em Angola e no Brasil

Jornal OPaís por Jornal OPaís
3 de Novembro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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A tire a primeira pedra quem nunca ouviu uma construção sintáctica semelhante a esta: “Você és…!” em vez de “Você é…!” É improvável que a pedra seja lançada, porque é uma construção muito famosa em Angola. Se o erro de concordância mais frequente, no Brasil, é usar o pronome ‘tu’ com o verbo na terceira pessoa do singular: “Tu é lindo.” em vez de “Tu és lindo.”

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Em Angola, o erro mais cometido é usar o pronome ‘você’ com o verbo na segunda pessoa do singular: “Você és lindo. Você comes.” em vez de “Você é lindo. Você come.” Mas o que está na origem destes erros de concordância (solecismos)? O pronome ‘tu’ revela intimidade de tal modo que é mais usual entre amigos. Já o pronome ‘você’ é formal, pois vem de “vossa mercê”.

Chamar alguém de você é chamar esse alguém de “vossa mercê”. Em Angola, por haver muita formalidade na comunicação, os falantes da Língua Portuguesa têm optado pelo uso do pronome ‘você’, mas conservando a forma verbal da segunda pessoa do singular, porque é a mais ensinada nas escolas.

Por outro lado, como ‘você’ e ‘tu’ fazem menção à pessoa com quem se fala, muitos angolanos têm pensado que estes pronomes têm também a mesma forma de conjugação, ou seja, acreditam que usem a mesma pessoa gramatical. Por isso, é trivial ouvir um angolano a falar: -Você pensas muito.

-Você não sabes nada. Já no Brasil, por gostarem de intimidade na fala, têm optado pelo uso do pronome ‘tu’, porém com a forma verbal na terceira pessoa do singular. Isso acontece, porque lá há uma forte tendência do ‘s’ final cair na fala. Os brasileiros estão simplificando a conjugação de tal modo que alguns estudiosos brasileiros como Michael Rodrigues afirmam que no futuro talvez não conjuguemos mais os verbos em português.

É importante deixar claro que estes solecismos são frequentes em comunicações informais. Todavia, em comunicações formais tanto no Brasil quanto em Angola faz-se o uso da gramática normativa, isto é, a comunicação é baseada na norma culta.

Por outro lado, ainda há brasileiros e angolanos que diante deste ‘show’ não dançam esses solecismos, pois fazem o bom uso dos pronomes ‘tu’ e ‘você’ até em contextos familiares. Ainda falam: -Tu comes. -Você come.

O ensino da Língua Portuguesa deve ser mais prático que teórico. Os estudantes devem ser estimulados para que apliquem as regras gramaticais não apenas em provas escritas como também no quotidiano.

Assim, aumentam-se as chances de reduzir este ‘show’ e preservar a norma culta da língua de Camões. Ainda nesta senda, é fundamental reforçar, nas escolas, que o pronome ‘tu’ pertence à segunda pessoa do singular, portanto o verbo deve estar na segunda pessoa do singular: tu andas.

O pronome ‘você’ pertence à terceira pessoa do singular, logo o verbo deve estar na terceira pessoa do singular: você anda. Assim, o ensino das desinências número-pessoais deve ser encarado como sacratíssimo, pois ajudará a reduzir esses erros de concordância verbal.

Por: TITÁBIAS TADEU

Gramaticógrafo e professor de Língua Portuguesa)

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