O secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), Joaquim de Brito Teixeira, disse que o afastamento ditado pelos dirigentes de proa do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos (MINJUDH) contribui para a reafirmação e para a posição firme da classe sindical que dirige, na greve que observa desde 18 de Outubro último
O líder sindical, que não pôs de lado o facto de os filiados e outros oficiais de Justiça não verem satisfeitas as suas exigências, reiterou a vontade de voltar à mesa de negociações, recordando que o sindicato actua como um verdadeiro parceiro do Ministério.
Joaquim de Brito Teixeira actualizou o estado actual da greve, em algumas províncias de Angola, ao ponto de detalhar que Luanda conta com 90 por cento de adesão, a Lunda Norte, com cem por cento, 99,9 para Uige, sendo que Huambo, Cabinda e Bengo, com 97. As províncias do Bié e o Zaire estão com 94 e 95, respectivamente.
Já o Icolo e Bengo conta com 90 por cento. O líder sindical recorreu aos poucos encontros mantidos com alguns responsáveis do ministério. “Qualquer um dos encontros não teve o alcance desejado,na medida em que sempre se alegou que os mandatários não tinham autoridade para dar provimento.
Aguardamos pelas soluções, entretanto, as mesmas não chegavam”, lembrou Brito Teixeira, para quem, desde há algum tempo considerável que a sua força sindical tem feito tudo para dialogar e evitar situações de paralisação.
Brito Teixeira não hesitou em considerar que a actual gestão do ministério não tem como agenda aproximar-se do SOJA, mas, sim, afastar-se do único instrumento de defesa dos oficiais de justiça, pautando por desvalorizar a classe.
Adiantou ainda que esse plano é reforçado por responsabilização disciplinar e promoção de intimidação a funcionários do sector, passividade perante às más condições de trabalho, o que contribui para fuga de trabalhadores.
Respondendo às alegações segundo às quais o SOJA não tem legitimidade para declarar greve, no sector, Brito Teixeira referiu que o estatuto da força sindical está publicado em Diário da República, I Série, nº 70, de 20 de Março de 2024, durante a vigência do ministro Rui Mangueira.
Finalmente, o secretário-geral do SOJA disse que a greve vai continuar, por não notarem nenhum programa da parte de quem deve evitar que os cidadãos não vejam os serviços de Justiça limitados ou condicionados.
			



							



