O desempenho no I semestre de 2025 confirma que o sector diamantífero angolano é sólido e fiável, segundo a Empresa Nacional de Diamantes (Endiama), que refere ter cumprido as metas traçadas
Com os níveis de produção interna positivos, os diamantes angolanos duplicou em relação a 2020, apesar do preço médio por quilate cair após pico registado em 2024. Entre muitas acções, nos últimos dois anos, a empresa tomou medidas para promover a certificação das reservas, sendo que, as novas perspectivas incluem a realização de auditorias independentes às mesmas. A Endiama tem registo de 712 milhões de quilates em recursos e reservas.
Segundo o relatório, as projecções para até o fecho de 2025, apontam para a execução do plano em curso, porém, refere que, existem riscos de sustentabilidade à médio e longo prazo para os projectos aluvionares. “No período em análise, cerca de 89% dos investimentos foram destinados à produção”, avança o documento sem fazer referência ao valor nominal.
Relativamente as contribuições fiscais no Iº Semestre, ficaram distribuídas, em 71% de proveniência dos kimberlitos e 29% dos Aluviões 29%. A empresa Nacional de Diamantes, mantém a meta de produção de 14,8 milhões de quilates, até ao fecho de 2025. “A indústria diamantífera angolana, hoje, destaca-se pela sua ampla presença e pela estabilidade política, económica e social que a sustenta”, sustenta o relatório.
A Endiama reafirma a sua aposta no capital. O sector dos diamantes cresce e termos de empregabilidade. Actualmente tem uma força de trabalho de 29.875 trabalhadores, sendo 21.363 directos e 8.512 indirectos.
Impacto social
Através da Fundação Brilhante e do Grupo Desportivo Sagrada Esperança, a empresa investe no bem-estar social, na cultura e no desporto. A Clínica Sagrada Esperança presta serviços de saúde, a mais de 200 mil pessoas por ano.
Por outro lado, no ramo agrícola, tem a Endiagro, criada para a agricultura sustentável. No capítulo da educação, mais de 70 milhões de dólares foram investidos no campus da Universidade Lueji A’Nkonde, segundo o relatório que destaca ainda a existência de um Centro de Formação (CEFOPE) que capacita empresas mineiras e comunidades locais com competências técnicas essenciais para o crescimento económico sustentável.
Segundo a Endiama, o desempenho no Iº semestre de 2025 confirma que o sector diamantífero angolano é sólido e fiável, cumpriu as metas traçadas e provou a capacidade de exceder expectativas, em meio a queda de preço no mercado internacional.
Não obstante o contexto internacional, no mercado dos diamantes, a empresa mantêm a meta de atingir mais de 17 milhões de quilates/ano até 2027, considerando ser um compromisso com desenvolvimento sustentável, reafirmando plasmado no Plano de Desenvolvimento Nacional, 2023-2027.
A Empresa Nacional de Diamantes de Angola diz estar, também a transformar recursos naturais em diplomacia económica, atraindo investimento estrangeiro estratégico, promovendo o “Diamante Angolano” no mundo e diversificando a economia nacional.









