A quarta edição da “Volta a Angola Pepino 2025”, prova internacional de ciclismo em estrada, arranca nesta quinta-feira com a participação de mais de 180 ciclistas de 16 países, no quadro dos 50 anos da Independência Nacional
Organizada pela Federação Angolana de Ciclismo (FACI), a competição termina no dia 9 de Novembro do corrente ano, com dez etapas que ligam as províncias do Namibe, Huíla, Benguela, Cuanza-Sul, Zaire, Bengo e Luanda, num percurso que promete testar a resistência e o talento dos ciclistas nacionais e estrangeiros.
A edição deste ano contará com 11 equipas estrangeiras e 16 nacionais, cada uma composta por nove atletas. Entre os países confirmados destacam-se Portugal, França, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Botswana, Burkina Faso, Nigéria, Senegal, Mali, Zimbabwe, Namíbia, África do Sul, República Democrática do Congo (RDC), Moçambique e Cabo Verde.
A prova inicia-se no Namibe, onde os ciclistas enfrentam um prólogo de 5 quilómetros dentro da cidade, uma espécie de aquecimento para o que virá a seguir. No dia seguinte, a segunda etapa leva o pelotão pelas belas paisagens do deserto e do planalto, numa viagem de 130 quilómetros entre o Namibe e a Huíla.
A terceira etapa, disputada inteiramente na Huíla, terá 100 quilómetros de percurso circular, com partida e chegada na capital provincial, Lubango. Os ciclistas passarão por estradas sinuosas e trechos montanhosos, num cenário de altitude e grande exigência técnica.
De lá, a caravana desce até ao litoral, entrando em Benguela na quarta etapa, que ligará Baía Farta, Lobito e a cidade de Benguela, totalizando 100 quilómetros.
A quinta etapa prolonga o desafio com 170 quilómetros entre Lobito e Sumbe, no Cuanza Sul, um dos percursos mais longos da competição. A seguir, na sexta etapa, os ciclistas partem de Porto Amboim em direcção ao Parque da Quiçama, cobrindo 180 quilómetros. No dia 5 de Novembro, a caravana fará uma pausa merecida na cidade do Soyo, província do Zaire, para descanso e recuperação.
A sétima etapa, marcada para o dia 6, será um contra-relógio individual de 30 quilómetros nas ruas do Soyo. Na oitava etapa, o pelotão deixará o Soyo rumo a Nzeto, numa viagem de 150 quilómetros que atravessa o norte do país, entre zonas costeiras e estradas de terra batida. Já a nona etapa ligará Nzeto ao Bengo, com 180 quilómetros de percurso, servindo como penúltimo grande teste antes da consagração final.
A décima e última etapa, com 100 quilómetros, levará os ciclistas do Bengo até ao Largo Primeiro de Maio, em Luanda, onde está prevista a grande chegada.
Ao todo, a prova atravessará mais de 1100 quilómetros de território nacional, revelando a diversidade de paisagens e o potencial turístico de Angola. De realçar que a “Volta a Angola Pepino 2025” enquadra-se nas comemorações dos 50 anos de Independência Nacional e é considerada uma das maiores competições desportivas do calendário nacional.
Além da componente desportiva, a organização aposta na promoção do turismo interno, na valorização dos atletas nacionais e no estímulo ao desenvolvimento socioeconómico das regiões por onde passa a caravana da prova.
Na edição anterior, a Volta a Angola contou com a participação de equipas oriundas de Angola, Botswana, Namíbia, África do Sul, França, Nigéria, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo (RDC), num total de 11 etapas disputadas.
O angolano Dário António, do Interclube, foi o grande vencedor, ao dominar quatro das dez etapas, seguido pelo compatriota Bruno Araújo, também do Interclube, e pelo francês Javouhey Clement, do Club Cicliste Saint Louiseien, que ficou na terceira posição.
Leia mais em…
Por: Kiameso Pedro








