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Yambala acena para mapa turístico de Angola com águas termais da Cahota

Jornal OPaís por Jornal OPaís
27 de Outubro, 2025
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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As autoridades apelam para investimentos nas vias de acesso à Yambala, admitindo que as águas termais podem atrair vários turistas e, por conseguinte, serem fontes de arrecadação de receitas que tanta falta fazem ao município, a precisar de quase tudo. Os sobas garantem que aquele líquido precioso, saído das montanhas, tem efeito terapêutico, curando doenças de pele, como sarna, varicela e não só

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Atravessámos rios e riachos e seguimos viagem em direcção à localidade de Cahota, o nosso destino. Ao longo do caminho, ora víamos agricultores a lançar a semente à terra e a sachá-la, ora bois se atravessavam no caminho à procura de melhor pasto. Os prados verdejantes sugeriam aos visitantes que, dias antes, tinha chovido e, por conseguinte, a mãe natureza se encarregava de proporcionar melhores condições climatéricas para os homens e os animais.

Milho, batata-doce, banana e mandioca são, entre outras, culturas cujo verde dava como que as boas-vindas a quem se fizesse àquela povoação adstrita à Yambala — esta antes comuna do Cubal, hoje, porém, anda com os próprios pés como município, na sequência da Nova Divisão Político-Administrativa.

Os agricultores, ao longo daquela cintura verde, interrompiam as suas actividades para nos ver passar. Uns acenavam as mãos, outros meneavam a cabeça em gesto de saudação. Também pudera, não era sempre que se avistavam por lá homens portando câmaras e microfones.

Os repórteres (do jornal O País e da TV Zimbo) correspondiam à saudação. Houve quem, de entre eles, na língua local, o umbundu, dirigisse palavras de circunstância aos nativos: “Ndaty, tchenda?” (Então, tudo bem?) — aventurou-se o autor destas linhas — ao que eles, em uníssono, respondiam: “Tchalivala” (nas calmas). Lá seguíamos. As vias constituem uma autêntica dor de cabeça para as autoridades.

O acesso à localidade da Cahota, na zona das águas termais, faz-se com muitas dificuldades devido à trepidação da via e aos terrenos acidentados, havendo zonas bastante arenosas, por algumas serem áreas ribeirinhas. Sob proposta da Administração Municipal da Yambala, foram seleccionados alguns motoqueiros, à boleia de quem seguimos viagem.

O trajecto exigia do condutor alguma genialidade e traquejo, por ser bastante desafiador. Eusébio Kavinguila, sobre cuja motorizada o autor destas linhas seguia, fintava capins pontiagudos e, a dado momento, as apertadas curvas e contracurvas em terra batida, improvisadas pelos aldeãos, volta e meia içavam o repórter do assento. Tentativas de queda não faltaram, obrigando-o, desta feita, a reposicionar-se constantemente na motorizada. Ao longo do percurso, avistámos algumas senhoras que, de forma artesanal, moíam o milho em pedras para o transformar em fuba.

O movimento sobe-e-desce com o piso (um instrumento feito à base de madeira) era acompanhado pela entoação de canções típicas da terra. Atravessámos, igualmente, campos para a prática de futebol.

À primeira vista, a impressão era de que aqueles espaços tinham beneficiado de investimentos para a colocação de relva, tal era a aparente poda. Ledo engano! Tratava-se, apenas, de uma “empreitada” da mãe natureza, competentemente supervisionada por Deus, o arquitecto de todas as coisas do mundo. Depois de uns bons quilómetros percorridos desde a sede, de onde partimos, chegámos finalmente à Cahota.

Aí fomos recebidos por uma equipa de sobas, capitaneados pelo mais-velho Armando Nguelengue, que fez a cortesia de desejar boas-vindas à delegação, que, para além de jornalistas, integrou o administrador municipal, João Chindombe, e outros técnicos da Yambala. Depois de agradecer a nossa presença por aquelas bandas, levounos logo a algumas nascentes do rio, na montanha de Kanjala, gabando-se do potencial turístico daquela zona.

O Governo Central e Local têm responsabilidades acrescidas na perspectiva de desencadear acções tendentes à melhoria das condições infra-estruturais, a fim de que, num futuro próximo, aquela zona possa atrair turistas e, com efeito, angariar receitas que muita falta fazem à Yambala, que precisa de quase tudo — admitem os sobas com quem privámos. “Nós queremos que os empresários venham mesmo aqui.

Isso também para criar emprego para os nossos jovens”, sugere o soba Armando Nguelengue, da povoação do Ngoyo. De sorte que o soba Nguelengue tenha apelado ao Governo que crie, para o efeito, infra-estruturas para melhor aproveitamento das águas termais. Só na zona da Cahota este jornal esteve em três pontos de águas termais cristalinas.

Águas terapêuticas acenam para Angola

Os sobas que guiaram a nossa equipa de reportagem não conseguiram precisar a temperatura daquelas águas, relegando tal responsabilidade a especialistas como meteorologistas e não só, mas de uma coisa os anciãos tinham a certeza: por serem muito quentes, “se a gente puser milho, transforma-se em cajica (milho fervido)”, para dizer que são capazes de cozer o real em fracção de pouco tempo.

Para além disso, eles admitem que aquelas águas têm efeitos terapêuticos, curando infecções de pele que geralmente afectam as crianças, citando, a título de exemplo, sarna, varicela e “outras borbulhas”, garante o soba Armando Nguelengue.

Sustenta que as raízes de que muitos curandeiros da Yambala e do Cubal se têm valido para a cura de doenças têm sido retiradas de plantas alimentadas por aquelas águas. “Mesmo alguns curandeiros vêm para aqui e as raízes dessas plantas à volta disso têm efeitos terapêuticos. Cura mesmo”, garante o ancião.

“Não está fácil”

“Não está fácil” é uma frase que se tem viralizado, está como que um lema para o município da Yambala. Esta expressão tem-se ouvido muitas vezes naquela municipalidade, associada, geralmente, à descrição das dificuldades nas vias de acesso, com particular destaque para as que ligam a sede municipal às águas termais da Cahota.

O administrador municipal da Yambala, João Chindombe, tem em carteira a recuperação de algumas nascentes para o fomento do turismo. Porém, o governante admite haver necessidade de se prestar uma atenção especial às vias de acesso, de modo a que se atraiam turistas para aquelas zonas.

João Chindombe lembra que o que está em voga actualmente, a nível do Executivo, é a definição de estratégias para a angariação de receitas por via do turismo, e acredita que o município, com as águas termais, pode vir a ser uma boa fonte, na perspectiva de diversificação da economia, conforme a pretensão governamental. “São águas termais, águas medicinais. Daí que um dos projectos é criarmos uma retenção de água para que o povo venha mergulhar.

Por serem medicinais, são raras”, gabou-se o administrador da Yambala, acrescentando que as águas, entre outros benefícios, curam também problemas de alergia. Face às potencialidades turísticas, João Chindombe é apologista de que se meta a “mão na massa” — não tivesse o município um slogan segundo o qual “mão na terra para podermos produzir”, sustenta.

Por: Constantino Eduardo, em Benguela

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