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Os meus trinta e tantos anos nas ondas da Rádio Nacional de Angola

Jornal OPaís por Jornal OPaís
23 de Outubro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 9 mins de leitura
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A Rádio Nacional de Angola (RNA) celebra neste 05 de Outubro o seu 48.º dia, desde que a data foi escolhida por unanimidade dos trabalhadores para sinalizar a visita que o Dr. António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República de Angola, efectuou às instalações da estação a 05 de Outubro de 1977. Com isso, ficou instituída uma efeméride que, por osmose, entrou para a memória colectiva nacional, pelos momentos festivos, interactivos e reflexivos que a Rádio proporciona a toda a gente.

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Aliás, tem razão o Ti Paulito quando nos ensinou a cantar que o povo se revela com o Top dos Mais Queridos, numa feliz alusão a essa enorme iniciativa da RNA de promoção e valorização da nossa música! Nas suas celebrações de aniversário, a Rádio sempre chamava o povo para se juntar à sua festa, com presenças físicas com presenças hertzianas, ora no Auditório Ruy de Carvalho, ora no Campo Manuel Berenguel, ora ainda no antigo campo adjacente ao Manuel Berenguel, que virou inicialmente estaleiro/base para obras públicas indetermina das, estando actualmente a dar lugar a algumas edificações.

Eram momentos de sã alegria popular e de manifestação ingénua de contentamento, muito por culpa também dos «shows piô» e os torneios «Cassulinhas da Bola»! E pelo facto da consolidação da RNA como estação radiofónica e como empresa de comunicação, estar também associada ao crescimento humano e intelectual de muitos dos seus ouvintes, aproveito o élant dos 48 anos para trazer recortes que a memória ainda me permite repristinar, a partir da altura em que ganhei a maioridade auditiva para, diferente dos meus coevos de então, passar a ouvir rádio muito além do mero exercício de ouvir ou de procurar por músicas.

Foi por decisiva influência e en sinamento directo do meu fiando pai, que por volta do ano 1990, em plena adolescência, que passei a buscar, por via do rádio Phillips lá de casa, no meu Sumbe natal, pelos pontos de sintonia da Emissora Oficial, era assim que ele teimava em chamar a RNA.

Tudo se deveu ao facto de, estando e sendo nós do Sumbe, a Emissora Provincial do Kwanza-Sul da RNA entrar sistematicamente “em cadeia nacional” e por a mesma Emissora sair do ar, também de modo reiterado, devido às limitações no fornecimento de energia eléctrica, que a cidade vivia, à época, o que me levou ao hábito de procurar por outras soluções em matéria de estação de rádio.

E a solução normalmente mais à mão, no afã de manter o rádio ligado, era atracar nas referências de sintonia da Emissora Oficial. Rapidamente, descobrimos que a além da Frequência Modulada (FM), havia também a Onda Média (AW na sigla em inglês) e Onda Curta (SW na sigla em inglês), era aqui na Short Wave que encontrávamos o Canal A/Principal da RNA e Canal B/Internacional, quando este era ocupado pela Redacção Des portiva, para os relatos de jogos ou outras coberturas importantes, bem como, en passant, encontrávamos os canais internacionais de rádio em língua portuguesa, a Voz da América, a Deutsche Welle (Onda Alemã), a BBC de Londres, o Canal África da África do Sul. Mas, é da nossa RNA que queremos e es tamos a falar.

Formalizado e cimentado o meu encontro simbólico com a Rádio Nacional, em prejuízo da programação radiofónica local, começou o fenómeno fidelizante que, até hoje, me mantém conectado aos distintos canais do Grupo RNA, diariamente, do Canal A à Rádio Luanda, passando pela Rádio 5.

É assim que vale situar, que foi justamente no ano de 1990, ou um pouco mais ou menos, que me deparei com a minha primeira e grande referência de programa de rádio, emitido a partir dos Estúdios Centrais, me refiro ao matinal Onda da Manhã. Um programa com demasiado peso radiofónico específico, por causa da estaleca dos profissionais que o compunha. Lembro que na realização estava o José Rodrigues e uma plêiade de locutores davam voz ao programa, como Laurinda Santos, Paula Simons, Cristina Miranda, Mateus Gonçalves, António Clara, Leopoldo Baio, João Carlos Van-Dúnem, sempre apoiados por jornalistas/repórteres de primeira linha, do calibre de Paulo Miranda Júnior, Paulo Gomes e Drummond Jaime. Tinha também as aparições cronicantes de Ismael Mateus, com o seu Bwé de Bocas, espaço que migrando para outra estação, passou a ser Carta para o Meu Chefe.

Note-se que foi essencialmente esse grupo de jornalistas e locutores que, em 1992, saindo da RNA, junto com a Directora Luísa Fançony, foi fundar a Radio Luanda Antena Comercial (LAC), a 25 de Setembro. Apesar do desfalque, nem a Rádio Nacional acabou, nem o Onde da Manhã deixou de existir. Tanto quanto me recordo o programa seguiu no ar, sob condução de Paulo Miranda Jr., com a introdução de novos quadros e mantendo-se nas reportagens o Paulo e o Drummond.

Tenho lembrança desse novo formato do Onda da Manhã ter continuado até ao emergir do Manhã Informativa, programa que teve a proeza de seleccionar e compor uma turma de promissores e talentosos quadros da es tação, contando com Pedro Manuel, Eduardo Magalhães, Januário Tancredo, Francisco Mendes, Paulo Julião, Laurinda Tavares, Francisco Henriques, Filipe Joaquim, como apresentador estava o Mário Vaz Contreiras, que apareceu mais tarde na TPA apenas com o nome de Mário Vaz.

Àquela turma se vieram se juntar um pouco mais tarde Adalberto Lourenço, Alves António, Edgar Rangel. Foi um programa pioneiro, em termos de dinâmica informativa e noticiosa pelas primeiras horas das manhãs de segunda a sexta-feira, com a particularidade de terem o privilégio de acordar Ministros e outros gestores públicos, para a obtenção de dados sobre actividades e realizações dos pelouros sob suas responsabilidades.

O programa prosseguiu e prossegue nas emissões da Nacional, com sucessões progressivas de profissionais na sua com posição, à dada altura, se juntou à primeira equipa de peso os jornalistas Isaías Afonso, Estanislau Garcia, António Kassoma, Hélder Silva, entre outros. Note-se que a entrada do Estanislau Garcia para os quadros da RNA deu-se após ele sair vencedor de um concurso de captação de novos talentos, pro movido no quadro do Programa Manhã Domingo, realizado por Péricles Neto e apresentado por Eduardo Magalhães. E foi igualmente pelo formato de concurso, com transmissão em directo, que surgiu a Ana Cristina e o Mário Jú lio Afonso.

Tenho para mim que a Direcção de Informação da RNA, com destaque para os imperdíveis noticiários centrais, desde o tempo do nosso encontro simbólico, sempre vi e ouvi como uma área nevrálgica, a julgar pelas vozes e nomes que emergiram e ainda povoam o meu imaginário, na edição e reportagem, cito Pedro Correia, Paulino Bueco, Builo Victor, Hilário Matuka, José Júlio Mendonça, Andeiro João, Armando Francisco, Abílio Correia, Luís Fernando, Africano Neto, Ismael Mateus, Luís Júnior, Manuel Luciano, Alberto de Sousa, Joaquim Paulo da Conceição, Phil Nelo, Maria Otília de Almeida, Sónia Afonso, Nelson Pedro, António Pinto, Papagaio Mussili. Apenas umas notas particulares para dois editores.

O caso de Luís Fernando, que prestava a tal ponto atenção aos factos e fenómenos sociais, que certa vez levou para os noticiários das 13, como uma espécie de novela, a narrativa popular sobre a aparição de um Leão no Município da Conda, no Kwanza-Sul.

Foi Hilariante! E o de Africano Neto, retenho até hoje os noticiários de sábado, em que mantinha uma conversa, contendo bastante análise sobre as nossas vivências, com o grande jornalista Isaac Neney e nos tempos mais recentes, quando nos brindava com crónicas intemporais, bem entoadas, ora por Mara D´Alva, ora por Estanislau Garcia.

Eram espectáculos na rádio! Na edição e reportagem de informação destes dias aparecem nomes como Hélder Silva, Joaquim Dombaxi, Romão Ferreira, Teresa Baião, João Joaquim, Paulo Matias, Sany Fuche, Luísa Sampaio, Carolina Barradas, Sandra Vigário, Patrícia Van-Dúnem Campos, Polaco Pedro, António Chocolate, Francisco Pedro, Agapito do Carmo, Jesus Delgado.

Dentre as vozes-notícia, sublinhar que houve uma altura em que os locutores apareciam em duplas, cintilavam Joaquim Gonçalves, Arlindo Macedo, Amílcar Xavier, Aires Valter, Conceição Matos, Paula Simons, Celeste Bicho, Judith Vasconcelos, Carla Castro, Augusta Figueiredo, Nguida Paulo, Bela Malaquias, Raul Danda, Horácio Pedro, Jerónimo Gonçalves, Eduardo Magalhães, Januário Tancredo, António Muachilela, que nos envolvia a todos com abraço do tamanho do mundo, Estanislau Garcia, etc., e mais para cá tivemos Círia de Castro, Kinna Santos, Mara D´Alva, Leda Macuéria, António de Sousa, Cristiano Barros.

Fica bem citar que no rol das vozes-notícia de hoje estão Vânia Varela, Felisbela Wegie, Ana Moçambique, Marina Chambole, Isaías Afonso, Mateus Fula, Luís Fernandes, Daniel Marques, Joaquim Neto, Lopes Canhina.

Paralelamente à força dos pro gramas de informação por excelência, tínhamos programas de outro jaez, como aqueles mais socioculturais, em que como vozes e nomes constavam os de Mateus Plural; Sebastião Lino; Paulo Gomes; Paulo Tonet; Jesus Ramos; Santos António; Luísa Sampaio; Berenice Rocha; Alzira Kapusso; Carla Cristina; Elizabeth Smith; Victória da Graça; Angelina Canjengo; Sebastião José; Carlos José; Benedito Soares; Sônico de Madalena; Belchior de Carvalho; Jorge Madeira; Arlindo de Carvalho; Quim Domingos; Eu génio Clemente; José Ndalu; Hilário dos Santos “Wanguizuba”; Miguel Neto “Nível”, com o seu «Ponto de Encontro», continua marcante a edição em que a Rádio entrou em sobressalto tudo porque o músico Filipe Mukenga, não resistiu à carga emotiva das homenagens que recebia, a ponto de ter tido um desmaio em directo e a edição que se tornou a última do programa, pois o convidado Maya Cool usara a expressão «beef na rádio», que foi tida como inapropriada para a estação; Jorge Gomes, o Man Gomito de hoje, com o Discolândia, contando com a assistência técnica de Zé Toy; Carlos Gonçalves, com o seu Noites com Sol e programas sobre o Jazz e afins; Rui Kandove, que apareceu no programa dedicado ao Hip-Hop/Rap, depois do Neo Boy das Daburdas, e foi substituído por Paulino Mendes; Elma Solange; Carolina Rodrigues; Verónica Pinto.

Havia também pro gramas de especialidade, como o de Economia «Azimute Actualidade», com Telmo Augusto/Reginaldo Silva, Abílio Cambambe, Pedro Chita, Pedro Cabral, Samuel Chissingue; como o «Reencontrar África» e «Para Mulher», com a Directora Luísa Fançony; o pro grama de entrevistas dedicado aos 20 anos da nossa independência, o «Foi há 20 Anos», de Drummond Jaime, apoiado por Hélder Bárber e Paulo da Mata. No entretenimento, tivemos o Programa de Dedicatórias Musicais no Canal Principal, com as vozes de Celeste Bicho, Ladislau Silva, Belchior de Carvalho e programas como o sabatino Expresso da Tarde, com Evaristo José, João Belo, Paulo Tonet, Salu Gonçalves.

No período nocturno, tínhamos os míticos Boa Noite Angola e Dia Novo, em que passaram vozes como Waldemar Gourgel, João Mendonça de Carvalho, Carla Castro, Amélia Pombo, Judith Vasconcelos, Paula Bianchi, São Moura, Nela Cruz, Ana Maria Daio, Madalena Alexandre, Elizabeth Teixeira, Patrícia Caetano, João Alves, Jorge Napoleão, Fragoso Mendes, Barroso Martins, Pedro da Rosa e D´Artagnan Fragoso em «o Médico em sua Casa».

Faço notas à parte para mencionar os longevos «Antologia» de António Fonseca e «Recordar é Vi ver» e «Melodias Nostálgicas» de Dionísio Rocha. Aos domingos, o também antigo programa Manhã de Domingo, que segue até hoje na programação, nos prendia aos rádios pela informação, formação e recreação, que encerrava, onde a dado tempo passou o Adalberto Luacuti com as suas provocativas e hilariantes crónicas.

É neste e noutros programas de entretenimento dos distintos canais da Nacional, em que foram descobertos e lançados os novos talentos para a es tação e se realizavam concursos de cultura de geral, tendo alguns ouvintes timbrado os seus nomes, lembro, desde logo, do Lourenço Diogo, o invisual que é reconhecidamente o papa-prémios da RNA e rádios adjacentes, dada a capacidade extraordinária que tinha de dar as respostas certas às perguntas de cultura geral e aos enigmas. Ainda nos idos anos de 1990, nos “demos encontro” com a Rádio Luanda, aos tempos do Dia a Dia na Cidade, que provocava de lírios na sua vastíssima audiência na capital do país, devido ao estilo inovador de fazer rádio por figuras como Afonso Quintas, Evaristo José, Alberto de Jesus, Adão Filipe, José Pedro Benge, Amália Mendes, Salu Gonçalves, António Rodrigues, Vaz Kingury, Domingos Francisco “Leitinho” e Aldo Vida, estes quatro últimos que por responderem pela área desportiva, tempos depois, concretamente em 1995, foram se juntar ao Projecto Rádio 5. E foi pela Sintonia da Kianda que o humor/comédia entrou pelas estações de rádio, estou recordado dos Kajokolos da Ban da, com Afonso Quintas, Evaristo José, Cisco e Andreza. Bons velhos tempos!

(Continua…)

Por: FREDERICO BATALHA

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