A União Nacional dos Artistas e Compositores – Sociedade de Autores (UNAC-SA) realiza, nos dias 22 e 23 do corrente mês, o 1.º Congresso Nacional das Artes, que vai reunir cerca de 500 participantes no Royal Plaza Hotel, em Luanda, a partir das 08h30, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência de Angola
De acordo com a UNACSA, os 500 participantes foram selecionados pelos políticos, académicos, instituições religiosas, e as delegações dos directores provinciais da cultura e os delegados provinciais da UNAC-SA que coordenaram a escolha e mobilização dos artistas em cada província com base em critérios de representatividade artística.
Sob o lema “partilha e reflexão conjunta”, o evento visa promover o diálogo e a união entre os artistas angolanos, bem como definir estratégias de desenvolvimento e valorização das artes no país.
O evento vai congregar delegados provinciais da UNAC-SA, directores provinciais da cultura, académicos, eclesiásticos, outras personalidades ligadas ao universo cultural angolano, convidados e membros do governo provincial. Durante dois dias, o evento vai abordar temas relacionados à Lei sobre a Política Cultural de Angola, os desafios da criação artística, a protecção dos direitos autorais, bem como o papel das artes na educação e no desenvolvimento social.
O programa inclui ainda outros temas, dos quais o “Cinema em Angola”; “Carteira do artista: profissionalização das artes em Angola”; “Educação artística em Angola”; “Memória, identidade e futuro: 50 de Angola na palavra literária, diplomacia cultural” Segundo o Secretário-geral da UNAC-SA, Diogo Sebastião, mais conhecido por Kintino, o evento surge num momento simbólico para o país, que assinala no próximo mês meio século de independência e reforço ao compromisso da classe artística com a construção de uma cultura inclusiva, participativa e sustentável.
O Secretário acrescentou ainda que o congresso poderá influenciar as políticas públicas ao reunir propostas concretas dos artistas, sobretudo fortalecer o diálogo com o estado e orientar as decisões que promovam melhores condições e reconhecimento para os criadores angolanos.
“A UNAC pretende fortalecer a união entre os artistas, valorizar o seu papel na sociedade e consolidar a presença das artes nas políticas culturais e no desenvolvimento das províncias”, explicou.
O mesmo assegurou que a UNACSA deseja que o Congresso das Artes se torne um evento periódico de dois em dois anos para acompanhar e avaliar o progresso das políticas e as acções culturais no país.
Kinito aproveitou a ocasião para deixar um apelo à sociedade, sobretudo aos artistas: “A mensagem é de união, valorização e compromisso com as artes como força transformadora para o desenvolvimento cultural e identitário de Angola”.