Caro coordenador do Jornal OPAÍS, saudações e votos de uma boa segunda-feira. Na verdade, falar em diálogo na véspera de eleições gerais é quase pedir um milagre: o país inteiro fervendo em promessas, insultos disfarçados de discursos e abraços forçados em mercados, enquanto a população tenta decifrar quem mente menos.
Mas é justamente nesse caos que o diálogo ganha peso. Funciona como antídoto contra a polarização doentia e a histeria coletiva que transforma adversários políticos em inimigos mortais. Num contexto eleitoral, conversar não é fraqueza, é sinal de maturidade democrática.
O diálogo é o espaço onde as diferenças não se tornam trinchei-as. Quando líderes, partidos, jornalistas e cidadãos falam uns com os outros, em vez de gritar, o país ganha uma chance de reflectir antes de escolher o rumo.
Essa troca de ideias, mesmotensa,ajudaadissiparrumores, esclarecer programas e aproximar o debate da realidade concreta das pessoas, não das ficções eleitorais. Mais do que um gesto civilizado, o diálogo é também uma ferramenta de prevenção.
POR: César Adolfo
Luanda, Samba