À coordenação do jornal O PAÍS, votos de óptima sexta-feira! Nos últimos dias, os agentes da Polícia Nacional têm cometido muitos erros no exercício das suas funções, depois do recente caso da granada em Cacuaco, em Luanda. Isto, nos termos da lei penal, pode ser tipificado como crime e comdireito a expulsão das forças.
Na semana passada, um agente da ordem pública no Zango, província de Icolo e Bengo, completamen- te embriagado, interpelou um moto-taxista.
Por sua vez, o moto-taxista meteu- se em fuga, acelerando a motorizada no meio da multidão. O agente da ordem pública, sem prudência, pegou na arma, fez um disparo, mas, sem pontaria, atingiu um jovem na perna.
Mesmo sabendo da gravidade do acto o qual praticou, o agente não ligou, dirigiu-se para a esquadra mais próxima, segundo relatos da redes sociais.
O jovem alvejado foi levado para o hospital. Posto lá, recebeu assistência médica deficiente. Os médicos disseram que a bala estava num local, no seu pé, difícil de ser retirada e só depois de três anos é que ele regressaria ao hospital para a competente cirurgia.
Assim que recebeu alta, foi para casa, passou a primeira noite, no entanto na segunda noite, as dores eram demais. O jovem pegou num objecto estranho, forçou as carnes e retirou a bala.
A atitude do jovem, tal como a dos médicos e do pró- prio agente da polícia, que fez o disparo, é condenável. É caso para dizer que a nossa sociedade está mesma doente.
Pois, se a ferida do jovem infectar, será ainda mais grave para a sua saúde nos próximos tempos. Portanto, a culpa vai morrer solteira?
POR: Manuel Nangayio, Zango I