Até ao final do mês passado, Angola já havia ultrapassado os 6 mil casos de sarampo registados em apenas nove meses, com registo de mortes. As províncias de Luanda, Uíge, Bié e Lunda-Sul estão entre as mais afectadas, uma situação associada à baixa cobertura vacinal de rotina, informação prestada pela coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Alda de Sousa, afirmando que a insuficiente cobertura vacinal é um dos principais factores que explicam o actual cenário
Segundo a médica, entre Janeiro e Setembro, Angola notificou 6.472 casos de sarampo, com maior incidência nas províncias de Luanda, Uíge, Bié e Lunda-Sul.
De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, essas províncias registam o maior número de casos, mas isso não significa que as restantes estejam livres da doença. “O sarampo é uma doença altamente contagiosa e, para que os surtos não aconteçam, temos de garantir coberturas de vacinação de rotina superiores a 95% em todo o território nacional, situação que ao longo dos anos não aconteceu.
Daí o acúmulo de crianças susceptíveis a adoecer”, explicou a responsável. Alda de Sousa acrescentou ainda que, em algumas comunidades, o sarampo continua a ser cercado de mitos e crenças tradicionais, o que leva muitos pais e encarregados de educação a normalizar os sintomas e a recorrer a práticas tradicionais em vez de procurarem os serviços de saúde.
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