Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, saudações e votos de uma boa sexta-feira. Num continente onde muitos países ainda vivem sob a sombra de golpes de Estado e instabilidade governativa, Angola distingue-se pela continuidade política.
O MPLA, enquanto força dirigente desde a independência, tem sido o pilar dessa estabilidade, garantindo que o país não caia no abismo da fragmentação institucional.
É preciso reconhecer que a paz alcançada em 2002 não teria sido possível sem a liderança e a persistência do partido mais organizado deste país. Pôr fim a um conflito armado que devastou o país durante décadas exigiu não apenas força militar, mas sobretudo capacidade de negociação e visão estratégica para reconstruir uma nação profundamente marcada pela guerra.
Por outro lado, o MPLA não se limitou a declarar o fim das hostilidades, pois promoveu um ambiente em que antigos adversários pudes- sem reintegrar-se, reconhecendo que o futuro do país só poderia ser construído com todos os angolanos, independentemente da cor partidária. No âmbito económico, o partido impulsionou a reconstrução das infra-estruturas básicas.
Estradas, pontes, escolas e hospitais foram erguidos ou reabilitados, num esforço para ligar o país e permitir que serviços essen- ciais chegassem às populações durante muito tempo esquecidas. Era só isso…
POR: Cunha de Oliveira
Luanda, São Paulo