O Conselho Municipal de Vigilância Comunitária (CMVC) do Lôvua reuniu-se, quarta-feira, em sessão extraordinária, para analisar e estabelecer o reforço das medidas de contenção e prevenção contra a cólera, que afecta o sul da província, e o surto de ébola na República Democrática do Congo (RDC), país vizinho com quem o município partilha uma extensa fronteira.
Sob a orientação do administrador municipal, António Mussumari, a reunião mobilizou diversas forças da sociedade local para garantir a segurança sanitária da população.
Na abertura do encontro, o titular do município, António Mussumari, destacou a gravidade da situação e a necessidade de uma vigilância comunitária activa.
Mussumari apelou para que as comunidades intensifiquem as denúncias junto às autoridades competentes, visando prevenir os riscos de contaminação do surto de ébola.
A preocupação é elevada devido à extensão de 235 km de fronteira que o Lôvua partilha com a RDC, onde o movimento transfronteiriço de populações é intenso.
A reunião também serviu para reforçar as acções de prevenção contra a cólera, uma doença que tem assolado os municípios de Capenda-Camulemba, Canfufo e Xá-Muteba, territórios da Lunda-Norte, desde fevereiro.
A sessão extraordinária do Conselho Municipal de Vigilância Comunitária teve uma participação alargada, contando com a presença de representantes dos órgãos de defesa e segurança, membros da administração municipal, entidades religiosas, autoridades tradicionais e os presidentes das comissões e conselhos de moradores.