Um retrato preocupante da saúde infantil em Angola foi apresentado durante um workshop promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e pela Associação dos Comunicólogos de Angola, realizado em Luanda e dirigido a jornalistas, comunicólogos e influenciadores digitais, trazendo a combinação de desigualdades regionais, falhas na cobertura vacinal, desnutrição elevada e persistência da malária
Os dados, partilhados por Sandile Simelane, especialista em estatística da UNFPA, fazem parte do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS 2023-2024) e revelam contrastes significativos entre as diferentes províncias do país, tanto na cobertura vacinal como no estado nutricional e na prevalência de doenças como a malária.
Os números expostos mostram que a imunização das crianças angolanas ainda enfrenta desigualdades profundas. Enquanto Luanda apresenta apenas 2% de crianças não vacinadas, seguida de Cabinda (6%) e Uíge (9%), províncias como Moxico (67%), Huíla (58%) e Bié (42%) registam taxas alarmantes de crianças sem qualquer vacina.
O estudo também aponta para um retrocesso na imunização completa em comparação com o II- MS 2015-2016. A percentagem de crianças totalmente vacinadas com antígenos básicos caiu de 31% para 29%.
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