O economista Diógenes Lenga enaltece a decisão de Angola em comprar uma participação minoritária estratégica numa das maiores empresas diamantíferas do mundo, a De Beers, considerando ser importante para a indústria diamantífera nacional e africana
Na visão do economista, a atitude que o Executivo angolano toma, através da empresa Endiama, reforça a presença africana na liderança e desenvolvimento do sector, criando um modelo de propriedade diversificado e independente, o que pode dar maior estabilidade e visão estratégica de longo prazo para o segmento dia- mantífero na região.
O facto de a proposta estabelecer uma parceria significativa entre Angola, Botsuana, Namíbia e África do Sul é, para Diógenes Lenga, o motivo que fará com que as nações africanas reafirmem seu papel no mercado diamantífero mundial, por intermédio desta oportunidade que se abre com a iniciativa de Angola.
Diz ainda o economista que a proposta, que se insere em um contexto de reestruturação da Anglo American, que está a alienar sua participação na De Beers para focar em metais estratégicos, vai, por outro lado, reforçar a posição da indústria nacional e justificar a ambição da participação do país na De Beers como pilar estratégico da economia.