O recital de poesia e trova “Declamar Angola” é realizado hoje, no auditório da União dos Escritores Angolanos (UEA), a partir das 17 horas, evento que visa saudar os 50 anos da independência nacional
A iniciativa destacará, entre outras atracções, a declamação de poemas musicados de Agostinho Neto e contará com várias performances de artistas como Isabel Sango, Nsiety, Satchonga Tchiwale, Namalela, Elisandra Bulica, Fernando Jessy, Obadias Correia, Deusa Negra, Maria Calima, Ligia Gaspar, Sedrick St, Celeste, entre outros nomes seleccionados em função dos objectivos culturais do evento.
De acordo com Tatório Kaholo, o evento está inserido nas celebrações dos 50 anos de independência nacional, com o propósito de homenagear “os heróis da luta contra o colonialismo português”, que contribuíram para a libertação do país, alcançada em novembro de 1975. “Muitos desses heróis perderam suas vidas em combate, deixando famílias enlutadas pela salvação da Nação.
Outros, que ainda estão entre nós, merecem todo o respeito e consideração do povo angolano pelos seus feitos de coragem, resistência e sentido de missão”, destacou Kaholo.
Ao falar dos ‘heróis nacionais’, o poeta lembrou que a liberdade de circulação entre províncias e a tranquilidade de hoje só foram possíveis graças à entrega abnegada desses combatentes. “Devemos valorizar quem defendeu a nossa pátria e também promover, entre os jovens, a importância da arte na expansão da nossa cultura”, afirmou.
Abertura ao público e impacto
Kaholo confirmou que o evento é aberto ao público, incluindo crianças, adolescentes, jovens e adultos, e especialmente recomendado para os apreciadores de trova e boa música.
“O feedback tem sido muito positivo. Todos os eventos realizados na UEA têm atraído uma grande participação, principalmente da juventude interessada em saber mais sobre literatura e cultura”, disse, entusiasmado.
O declamador considera que a influência da literatura na vida dos jovens é um processo que deve começar no seio familiar e estender-se para escolas, igrejas e demais espaços sociais. Apesar dos avanços, reconhece que ainda há trabalho a ser feito. “Há muitos jovens interessados, mas é preciso fazer mais para ampliar esse processo.”