O Presidente da República e Presidente em exercício da União Africana (UA), João Lourenço, defendeu ontem, em Nova Iorque, a necessidade urgente de se corrigir as injustiças históricas contra África no seio das Nações Unidas, tendo reiterado que o continente deve ter, pelo menos, dois assentos permanentes e cinco não permanentes no Conselho de Segurança
O estadista angolano discursava na abertura da 7.ª Cimeira do Comité de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre a Reforma do Conselho de Segurança da ONU (C-10), que assinalou os 20 anos do Consenso de Ezulwini e da Declaração de Sirte, documentos que consolidam a posição comum africana sobre o tema.
“Um Conselho de Segurança que aborda África em cerca de 70% da sua agenda não pode continuar sem África como membro permanente. É tempo de o continente deixar de ser objecto das decisões do Conselho e passar a ser sujeito activo dessas decisões”, afirmou João Lourenço.
Segundo o Presidente angolano, apesar de África represen-tar 17% da população mundial e deter quase um terço dos assentos da Assembleia Geral da ONU, continua afastada da tomada de decisões mais importantes.
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