O ministro das Relações Exteriores e presidente do Conselho Executivo da União Africana, Téte António, defendeu, ontem, a necessidade de uma revisão da postura da comunidade internacional em relação aos países em transição do Sahel, alertando que o isolamento, as sanções e a falta de apoio ao desenvolvimento podem agravar a instabilidade política na região
A reunião foi presidida por Hilde Vautmans, presidente da delegação África do Parlamento Europeu, e contou com a presença do enviado especial da UE para o Sahel, João Cravinho, entre outros deputados europeus e representantes institucionais.
Ao intervir, Téte António descreveu a situação no Sahel como “bastante complexa”, marcada por insurgência, terrorismo, instabilidade política e crises humanitárias, e afirmou que Angola — por mandato do Presidente João Lourenço enquanto Presidente em exercício da UA — levou a cabo, em Junho de 2025, uma missão de “bons ofícios” ao Senegal, Burkina Faso, Mali e Níger para avaliar a situação e formular recomendações.
O chefe da diplomacia angolana alertou que o isolamento, as sanções e a ausência de apoio ao desenvolvimento a países em transição podem ter efeitos contraproducentes e apelou a uma revisão da postura por parte da União Africana, da União Europeia e demais actores internacionais, privilegiando o diálogo e mecanismos de cooperação que integrem a segurança, paz e desenvolvimento sustentável.
Leia mais em