21 grupos carnavalescos, provenientes do igual número de províncias que compõem o território angolano, vão participar na Edição Especial do Carnaval Nacional “Fora de Época”, a decorrer amanhã, 13, a partir das 16h00, na Nova Marginal de Luanda, na zona da Praia do Bispo
São os conjuntos Munene Tchiyengo, Misto do Moxico Leste, Mayeye Itchiaco Tchiaco, União Chá de Caxinde, Ukungu do Coração de Angola, Ana Marimba, União Dimatekeno do Nambuagongo, Grutas do Nzenzo, das províncias do Cuando, Moxico Leste, Cabinda, Cuanza Norte, Bié, Malanje, Bengo, Uíge, respectivamente, que vão ‘rasgar’ a pista com as suas indumentárias e passos de danças, ao como intento de evidenciarem a diversidade cultural nacional Far-se-ão ainda presentes com as suas indumentárias e potencial cultural o Mbongue Ya Kandjema, União Muteda, União Sequele, União do Bairro Zorro, Símbolo da Paz, Ovindjendje, TchokweTxianda, Jovens Unidos do Martins Kiditu, Ovanahambo, Irene Kohen, Uhenha, Torre do Tombo e União Recreativa Kilamba, das províncias do Cubango, Cuanza Sul, Icolo e Bengo, Moxico, Cunene, Huambo, Lunda Norte, Zaire, Huíla, Benguela, Lunda Sul, Namibe, Luanda.
Para melhor representarem as suas regiões, foram selecionados os grupos vencedores na edição passada do Carnaval, cujos desfiles competitivos aconteceram de Fevereiro a Marco do corrente ano, com excepção daquelas províncias que surgiram depois da realização do evento. Maneco Vieira Dias, membro da comissão organizativa do evento, observa a iniciativa como um palco para a mostra das grandes potencialidades a nível cultural nacional.
“É uma iniciativa a todos os níveis. Portanto, há muito que nós viemos falando, que havia a necessidade de se mostrar aquilo que são as grandes diversidades culturais que possui o nosso país”, disse em conversa com OPAÍS.
Ao reunir-se esses conjuntos que possuem diferentes hábitos e costumes que enriquecem a nossa diversidade cultural, Maneco aponta como factor construtivo para a passagem de experiência aos conjuntos provenientes do interior do país.
“Mas do que eles virem desfilar, também haverá a troca de experiência entre eles, dentro da nossa diversidade que é a nossa cultura. Vamos poder conhecer os rituais das mais variadas regiões e vamos conseguir perceber melhor o que são as dinâmicas que cada um deles tem naquilo que são as suas apresentações, sobretudo no Carnaval, que é realizado nas suas regiões”, destacou.
Celebrar a Dipanda
Por se tratar de um evento celebrativo aos 50 anos de Independência Nacional, Maneco disse não ser um evento competitivo. Além de celebrar os 50 anos da Dipanda e realizar um desfile de âmbito nacional, visa ainda permitir o conhecimento dos mitos, tradições e as diversas manifestações carnavalescas que constituem o país. “As expectativas são grandes.
As pessoas querem muito, estão ávidas de conhecer aquilo que é, de facto, o nosso país, que tem esse grande acervo cultural com uma diversidade muito grande. Não é de caráter competitivo este Carnaval.
É um Carnaval onde aquilo que é a demonstração das potencialidades culturais é o ponto mais importante”, asseverou. O evento aberto ao público, de forma geral, tem disponíveis 5 mil assentos e espaços para aqueles que poderão assistir de pé, entre a multidão. E, por razões de logística, os grupos carnavalescos participantes serão constituídos por 150 pessoas, tendo em conta o vasto espaço cénico.
Breve histórico Carnaval
O Carnaval é uma das maiores manifestações populares celebradas anualmente no país, fazendo parte da agenda cultural nacional permanente. O regresso do carnaval foi anunciado à população angolana pelo saudoso Presidente Dr. António Agostinho Neto num comício realizado no município do Cazenga, em Janeiro de 1978.
No âmbito das comemorações do 50.º aniversário da Independência Nacional, o Carnaval é um dos meios de exaltação da Angolanidade e, por esta razão, se realizará o desfile nacional.
Reafirmando o carnaval como um veículo de unidade e reconciliação nacional, bem como se pretende explorar nesta manifestação as potencialidades turísticas da maior manifestação cultural do país.