Arranca hoje a III edição da Feira MOCCO – Mostra de Corte e Costura, no Palácio de Ferro, a partir das 16 horas, um evento que vai celebrar os 50 anos da Independência Nacional e exaltar o papel da mulher africana na indústria
A programação inclui desfiles, feira de expositores, aula magna, oficinas de corte, momentos culturais e networking e decorrerá sob o lema “Meu corte, minha arte; minha costura, meu talento”, até ao dia 14 do corrente mês.
Participam neste evento mais de 50 expositores que vão apresentar produtos como roupas africanas, calçados, acessórios e outros itens — muitos dos quais serão produzidos ao vivo durante a feira, com o objectivo de atrair e envolver o público.
Artistas de várias partes do país, actualmente residentes na capital, também participam, promovendo uma amostra rica e diversificada do talento nacional. Segundo João Vigário, directorgeral do Palácio de Ferro, têm como meta, nas próximas edições, levar a MOCCO a outras províncias, tornando-a um evento de maior dimensão nacional.
O responsável revelou ainda que já há solicitações das províncias do Huambo, Cabinda e outras para a realização local do evento. “É com grande satisfação que apresentamos esta III edição da Mostra de Corte e Costura — uma feira especializada que valoriza o trabalho feito nos ateliês, que muitas vezes não têm o merecido espaço para mostrar sua arte”, destacou Vigário.
Homenagem à estilista Elizabeth Santos
Nesta edição, será prestada homenagem à estilista Elizabeth Santos, que celebra também 50 anos de carreira dedicados à moda. João Vigário avançou que o homenageado terá a responsabilidade de abrir oficialmente o evento com uma aula magna sobre o percurso da moda no corte e costura em Angola — discutindo avanços, retrocessos e desafios para o futuro.
“Fazemos esta edição num ano tão simbólico, e por isso queremos que seja exemplar em todos os aspectos. Homenagear uma figura como Elizabeth Santos é reconhecer uma trajetória que inspirou gerações”, referiu.
Com base na programação, no sábado, 13, será realizada uma homenagem especial com arranjos cénicos representando o percurso da homenageada. A ideia, disse, é que o tributo reflicta não apenas a sua carreira, mas também o quotidiano dos estilistas locais.
“Não se trata apenas de uma mostra com roupas prontas. Queremos também que a produção aconteça no local, valorizando o processo criativo ao vivo”, destacou o organizador.