O embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Japão em Angola, Hiroqki Sano, admitiu, segundafeira, 08, que o Corredor do Lobito não se resume apenas às linhas ferroviárias e, por isso, o seu país tem desenhado, em parceria com uma das agências dasNaçõesUnidas, um programa de apoio a agricultores ao longo do referido corredor, embora não tenha se referido a pacotes financeiros
O embaixador japonês em Angola, Hiroqki Sano, entende que o corredor do Lobito não se circunscreve apenas no segmento dos transportes e há mais vida para lá disso, de modo a que o seu país quer olhar para outras áreas que, de certo modo, vão impactar a vida das comunidades ao longo do corredor, cuja linha férrea adentra na República Democrática até à Zâmbia.
O diplomata informa que o Japão está de mãos dadas com uma das agências das Nações Unidas para o apoio aos pequenos e médios agricultores. “Também temos pensado como é que podemos colaborar para melhorar a área de transporte”.
Destaca a importância da parceria estratégica que existe entre Angola e Japão, ressaltando que o facto de, recentemente, ter-se realizado, em Tóquio, a Cimeira Japão-África e o Presidente João Lourenço ter visitado algumas infra-estruturas locais daquele país asiático sugere uma estreita relação entre as duas nações.
“Nós comemoramos também 50 anos de relações diplomáticas. Portanto, temos possibilidades de trabalharmos juntos, de modo a melhorar as relações”, disse, em declarações à imprensa, no final da audiência que lhe foi concedida pelo governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior.
Japão ajuda Angola a travar crimes económicos
O Governo de Angola, sob patrocínio das Nações Unidas e do Japão, promove, nos próximos dias, em Benguela, um workshop dirigido a todos os operadores de justiça relativos aos crimes de natureza financeira, com destaque para o de branqueamento de capitais e infracções fiscais.
O secretário de Estado para os sectores da Viação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Carreira, afirma que o que se pretende é, de resto, encontrar as melhores fórmulas para se prevenir crimes dessa natureza, apesar de estar consciente de que essa tipologia criminal não acontece de forma isolada.
“Os crimes de natureza financeira há em todo o mundo. Então, nós estamos a nos preparar para combatê-los, para preveni-los, essencialmente”, dá nota, adiantando que o uso das novas tecnologias de informação e comunicação pode servir de mais-valia, por permitir antecipar aquilo a que chama de eventos negativos.
“Nós sabemos que o criminoso é muito astuto e, muitas vezes, está à frente das autoridades. Portanto, as tarefas de prevenção são permanentes”, conclui o secretário de Estado.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela