O Espaço Prova D´Arte acolheu a Feira de Arte, temporária, nas suas mais distintas áreas de intervenção, com actividades ao vivo, que visaram destacar a arte, a cultura e a identidade nacional e o talento dos artistas e empreendedores
O evento promovido pelo INAPEM – Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, em parceria com o núcleo anfitrião, juntou artistas, cooperativas, associações e ateliês diversos.
Com o foco na execução e apresentação das obras, cada feirante, socorrendo-se das suas ferramentas e técnicas, procurou durante os dias 30 de Agosto a 1 de Setembro, deleitar e brindar ao máximo, a quem se fizer presente, com o objectivo de adquirir um produto.
Quanto pudemos observar neste certame, a área têxtil, por sinal, a mais extensa do recinto, congregou uma diversidade de obras que foram desde colares, chapéus, pastas de couro bovino, sandálias de borracha e de pneus, pastas produzidas com cascos de coco, cordões, xailes e cascóis tricotados, entre outros artigos.
Surpreendentemente, o tricô, por sinal uma técnica de tecelagem manual, utilizando agulhas para criar tecidos a partir de fios de lã, algodão, seda ou outros materiais, que já não se via há anos, voltou a fazer parte do catálogo da feira, pelos dedos mágicos da Comunidade Rastafári e de algumas jovens que ainda preservam esta forma de artesanato.
A este, seguiu-se o stand com uma diversidade de telas em acrílico, areia, instalações, cestaria e gastronomia. Não resistindo à oferta dos feirantes, os visitantes renderam-se às obras, aproveitando o momento para adquirirem algumas e levar como recordação do novo Espaço Cultural.
É o caso de Manuel Simão, funcionário público, que, aproveitando o passeio ao local, decidiu adquirir um cascol e um xaile feito à mão, resultante da técnica de tricô, para mostrar aos seus descendentes o que é e contar a história.
Para este visitante, a escolha de artigos foi a mais certa e estendeu-se a outras obras, como bolsas feitas com pele de animal, cortiça, rolhas plásticas, espuma e instrumentos musicais tradicionais, dos quais a Dikanza e o Chocalho.
Uma verdadeira criação artística que, além de servir como ornamentação de um determinado cômodo, atrai qualquer pessoa pela apresentação e a maneira como foi confeccionado.
Ilustrações em telas.
A opção dos visitantes pelas artes foi além das telas que, pelas cores e pinceladas movidas sobre elas, acabam por reter quem ao lado estiver a observar.
Nas telas, da natureza à história, dos reis à aventura dos pescadores em alto mar, as peixeiras zungando, a fauna exuberante, o ecoturismo, bem como o nosso quotidiano, constituíram-se num guia turístico instantâneo local, transmitindo mensagens diversas ao público visitante.
Caminhando lado a lado com os visitantes, os feirantes não esconderam a sua satisfação e, juntando o útil ao agradável, falaram das suas obras, técnicas e conceitos.
É o caso do Rastafári Tino, que, envolvido num ambiente tipicamente artístico, disse ter trazido para a referida feira a arte têxtil, uma marca nacional baseada na técnica de timbragem, cujos resultados são também refletidos nas vestes, sobretudo no equipamento desportivo feito à mão, nas t-shirts, nos calções tropicais, na roupa de verão e de inverno.
O artista disse usar a criatividade, realçando frases sobre a Comunidade Rastafári, a chamada Tropa Jamaica, a sua Cultura em diferentes formas, a arte africana, em particular angolana, a sul-africana, a etíope, entre outras. “Eu faço obras de arte e espelho nelas, o meu raciocínio, a minha criatividade com diferentes frases, timbragens e pintura. “Também costuro e tricoto”, disse.
A organização.
Ao juntar o útil ao agradável, o director do Job Produções, Nlandu Nzaki, que é também coordenador da Apro Arte, adiantou que a sua agremiação seleccionou um leque de talentosos artistas com uma diversidade de obras, como o artesanato em madeira, a cestaria, missangas, bijuteria e moda para contemplar o público.
O responsável realçou que, entre as diferentes obras esculpidas, o Mapa de Angola, ilustrando a Nova, foi o que mais despertou a atenção dos visitantes, uma vez que se surpreendiam pela novidade.
Uma outra peça de artesanato que também mereceu a atenção e comentários do público, segundo o artista, foi o tabuleiro de xadrez, uma vez que muitos obrigatoriamente paravam no stand para o ver e assistir também ao jogo.
“Olha, as pessoas maravilharamse bastante, admirando o Mapa de Angola com a Nova Divisão Político-Administrativa, e aproveitam o momento para jogar Xadrez.
O nosso stand foi uma paragem obrigatória para todo mundo que gosta de ver e jogar xadrez, por ser uma novidade que apareceu muito recentemente no mercado”, realçou.









