O mundo é um verdadeiro palco de interesses onde a prateleira africana está sempre vazia, muito embora, a mesma esteja fundada sobre um solo fértil a tudo e em tudo. Não é de espantar a quem quer que seja a afirmação segundo a qual que o ensaio de todos os regimes em África é um verdadeiro embuste de forças que mais amam a exploração quer do homem africano quer dos recursos naturais do continente africano por meio de instituições e agencias de várias ordens.
No passado dia 9 de outubro de 2024, assistimos e acompanhamos todos, os mais atentos, com muito cuidado as eleições em moçambique e ficou registado com chaves de ouro os dizeres de Soba L: é muito mais imprevisível e democrática uma partida de futebol em relação as eleições em África.
O que assistimos impávidos em relação as eleições em Moçambique, por um lado, é um verdadeiro fracasso e revelação das incapacidades das instituições africanas e, por outro lado, é a forma mais brutal e clássica da violação da soberania popular.
Precisamos ter a coragem de assumir que os PALOP se mostram ainda muito imaturos em respeitar a soberania popular, mas, o mais hediondo em tudo isto não é a luta de interesses mas sim as mortes de vítimas inocentes, sim, essas são reais e calculáveis, por mais que tentemos escamotear os números, sabemos que é uma questão de tempo até serem verdadeiramente revelados.
Não assistimos uma única organização que se preze mesmo com as aberrantes contradições insofismáveis do Conselho Constitucional moçambicano, não ouvimos uma única organização/instituição dizer o contrário, exigir vedade moral, verdade factual e verdade jurídica, afinal os interesses económicos suplantam as vidas dos africanos em geral e moçambicanos neste particular.
Precisamos redefinir a nossa posição no mapa da geoestratégia mundial, pensar numa África, num PALOP e num Moçambique que respeita e valoriza de iuris e de facto a soberania popular.
É altura mais do que suficiente que os movimentos de libertação em África descansem e se querem continuar em jogo que seja pela verdade, transparência e lisura, pois, se queriam algum agradecimento pelas independências conquistadas, acreditamos nós que 50 (cinquenta) anos de poder que tiveram, lhos paga tudo quanto deram pelo país, que se abra agora o país para a justiça eleitoral, justiça distributiva, justiça equitativa, justiça comutativa e justiça social. Uma justiça que encaminha Moçambique-África para o desenvolvimento integral e sustentável.
Levantou-se a espada, o que diz a mensagem e quem é o seu mensageiro? É ampla e não deve ser ignorada a aflição e desespero do povo moçambicano. A luta se afigura constante e permanente para a verdadeira realização e satisfação da vontade popular, a confiança do povo numa causa justa vai arruinando o sistema que busca se reinventar a cada dia para perpetuar e alongar ainda mais os seus tentáculos que vai ferindo fortemente a vontade do povo que se diz soberano.
Olhando para toda essa realidade, uma coisa se torna realmente recomendável, vamos encerrar tudo e todas as instituições em Moçambique e convocar um congresso nacional obrigatório para um período sabático de 30 dias de profunda reflexão. Morte ao mensageiro e que se salve a mensagem, gritam alguns e outros dizem, salve o mensageiro e se destrua a mensagem. POVO NO PODER!
Por: Délcio Jah Bless