No quadro da Nova Divisão Político-Administrativa, a região que compreende o Leste de Angola passou a contar com mais uma província, designadamente a do Moxico Leste. Assim, o promotor do Festival de Música e Dança Regional “Ngeya”, a Sociedade Mineira de Catoca, decidiu integrar os grupos da mesma localidade a partir da próxima edição, que acontece na cidade do Luena, Moxico, aprazado para o fim do I semestre de 2026
Apesar de ainda não existirem condições técnicas, materiais e logísticas para a realização do Festival “Ngeya” na nova província do Moxico Leste, cuja capital é Cazombo, os grupos adstritos a esta localidade vão passar a participar já a partir do próximo ano, da festa música e dança tchokwe que tem carácter anual e rotativo ao nível da circunscrição, a ter lugar no Luena, Moxico, no próximo ano.
A informação foi avançada pelo gerente não executivo da Sociedade Mineira de Catoca, Fidel Manassa, que falava à margem da realização, no último fim-de-semana, da IV edição do festival, que decorreu na província da Luanda Norte, com a participação de grupos apenas da província acolhedora, assim como da Lunda Sul e Moxico, esta última, acolherá pela segunda vez o certame à semelhança da Lunda Norte.
Fidel Manassa lembrou os objectivos do evento, tendo realçado que o Festival acontece no âmbito da responsabilidade social corporativa de Catoca, que assumiu o compromisso de ajudar a contribuir para a valorização, promoção e divulgação dos hábitos e costumes do povo tchokwe, através da manifestação cultural, mormente da dança e da música, no âmbito do resgate da ancestralidade do leste em particular.
“Sentimo-nos regozijados em cá estar, apesar das condições atípicas que o sector diamantífero vive, face à queda do preço do quilate no mundo, mas não podíamos deixar de juntar todos os esforços para, uma vez mais, estarmos diante de vós para celebrar os ritmos da nossa tradição, que se repete pela quarta vez depois de já termos estado aqui na primeira edição, por sinal muito bem-sucedida”, realçou o responsável.
Na sua comunicação, Fidel Manassa salientou de igual modo o sentido valorativo da festa, tendo-a descrito como um momento simbólico, por a empresa que representa estar a festejar os 30 anos de existência da Sociedade Mineira de Catoca, associada aos festejos dos 50 anos de independência nacional que o país já vive, cujo ponto mais alto será o dia 11 de Novembro, o dia da nossa libertação do julgo colonial.