Trinta e seis médicos internos do Polo de Formação da província de Cabinda começam, nos próximos dias, rotações técnicas nos principais hospitais de Luanda.
Durante um ano, os médicos vão exercer as suas actividades nos hospitais do Prenda, Josina Machel, Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Maternidade Lucrécia Paim, Geral de Viana, entre outros.
Os médicos internos encontram-se distribuídos por várias especialidades, com destaque para ortopedia, traumatologia pediátrica e de adulto, anatomia patológica, nefrologia, cardiologia, pediátrica, neurologia, neurocirurgia, endocrinologia e gastrenterologia.
A iniciativa enquadra-se no Projecto de Fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde, financiado pelo Banco Mundial, que tem como objectivo capacitar e especializar, até 2028, cerca de 38 mil profissionais do sector da saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e diagnóstico, terapêuticos, bem como quadros do regime geral e de apoio hospitalar.
Na cerimónia de apresentação dos profissionais, o coordenador e gestor técnico do referido projecto, Job Monteiro, sublinhou a importância desta fase de rotação e reforçou a necessidade da uniformização dos procedimentos técnicos e do compromisso com a qualidade da formação médica. “Durante o período de rotação, é essencial que haja alinhamento entre todos os profissionais”, disse.
Referiu que o projecto é de âmbito nacional e a formação especializada deve ser tratada com o máximo rigor e seriedade pelo forte investimento no capital humano do sector da Saúde.
Na ocasião, foram ainda apresentadas as etapas subsequentes do processo formativo, em resposta às dúvidas colocadas pelos internos presentes.
A especialista para a área Social, Lúcia Chicapa, destacou os requisitos e directrizes do Banco Mundial, incluindo o Código de Conduta, no quadro do financiamento e acompanhamento do programa.
Já a médica interna de Neurocirurgia, Ercídia Eslovania Correia, partilhou a sua experiência como formando do Polo e apelou ao empenho e dedicação dos profissionais formados na sua área, por lidarem com casos bastante complexos, muitos deles resultantes de acidentes rodoviários.
“Ficámos três anos em formação em Cabinda e foram anos de muitos desafios. Agora, em Luanda, temos um desafio ainda maior e o meu apelo é que os angolanos confiem em nós, porque estamos prontos para salvar vidas”, afirmou.