Presente no 1.º Simpósio Nacional do Kuduro, o ministro da Cultura, Filipe Zau, aproveitou a ocasião para apelar aos fazedores do estilo a primarem por composições cujas mensagens são mais construtivas, educativas e carregadas de sentido patriótico e de cidadania.
Filipe Zau expressou satisfação pela iniciativa da AKA (Associação dos Kuduristas de Angola) e recordou que, para que o estilo não continue sendo por muitos associado a práticas indecorosas, é preciso que os seus fazedores mudem de postura, começando pelo conteúdo de suas composições e a seguir as suas performances dentro e fora do palco. “É uma iniciativa louvável.
Nós às vezes temos um preconceito através dos estereótipos que nos vão sendo dados e há muita coisa à volta do Kuduro, mas que infelizmente o negativo é o que mais tem sobressaído.
Portanto, a mudança desta visão miótica negativa depende inicialmente dos próprios kuduristas, e este simpósio é um passo importante neste sentido”, considerou o ministro.
Quanto à elevação do estilo a património nacional da cultura, Filipe Zau disse ser possível, mas que tudo tem trâmites e que a própria associação está informada sobre os passos que devem ser dados para este fim.
O governante disse que há disponibilidade e disposição por parte do Ministério da Cultura em fazer tal acto, mas que, entretanto, ainda é preciso fazer-se um trabalho de base para darem sustentabilidade ao tal feito.
“Temos esta disposição, ninguém está aqui para usar lógicas de exclusão de nada, mas tudo começa com um trabalho de base. Ficamos apenas apreensivos se aquilo que queremos elevar é algo que educa, que instrui, se contribui para uma educação mais integrativa das pessoas no sentido do bem comum, isso é o que se deve observar neste quesito”, explicou o ministro.
Ressaltou que “é preciso desassociar o ritmo musical da verdadeira cultura daquilo que se faz de cultura inventada” e que tentado “marginalizar ou descredibilizar o estilo”.
“E penso que este trabalho de esclarecimento está agora ser feito através deste simpósio, e esperemos que ele traga os efeitos mais produtivos e melhores informativos”, frisou.