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Angola na encruzilhada global: Entre o petróleo, a soberania monetária e novo xadrez geopolítico

Jornal OPaís por Jornal OPaís
1 de Agosto, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Angola na encruzilhada global: Entre o petróleo, a soberania monetária e novo xadrez geopolítico

Nos últimos meses, Angola voltou ao centro das atenções internacionais — e não apenas pelo petróleo. Entre os bastidores da nova arquitectura energética global, a crise cambial persistente e a ofensiva diplomática africana nos BRICS, o país posiciona-se, mais uma vez, como actor relevante num tabuleiro geoeconómico em mutação.

Mas a grande questão permanece: Angola está a jogar o seu próprio jogo — ou está a ser jogada? A nova pressão cambial: dólar, kwanza e a ilusão da estabilidade A recente desvalorização do kwanza, a escassez de divisas no sistema bancário e o aumento da procura por dólares no mercado informal reacenderam o debate sobre a dependência estrutural da economia angolana do petróleo e das importações.

O Banco Nacional de Angola (BNA) insiste em medidas de controlo e ajustamento técnico. No entanto, analistas internacionais alertam: sem uma diversificação económica real e exportações não petrolíferas robustas, a soberania monetária angolana continua fragilizada.

Num mundo em que moedas africanas enfrentam ataques especulativos silenciosos e fuga de capitais crónica, Angola vê-se forçada a equacionar medidas de reestruturação monetária, enquanto equilibra os compromissos com instituições multilaterais e parceiros bilaterais como a China, os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos.

Petróleo: Tesouro ou Armadilha?
A revalorização do petróleo nos mercados internacionais — puxada por instabilidades no Golfo e crescente procura asiática — beneficia Angola, mas também a prende ao seu velho dilema: crescer em função do barril, mas depender eternamente dele.

O recente anúncio de novos projectos de exploração offshore e a renovação de parcerias com gigantes como a TotalEnergies e a Chevron são, ao mesmo tempo, promissores e sintomáticos: a diversificação económica continua adiada.

A pergunta estratégica é: até que ponto Angola está a investir as receitas do petróleo em educação, ciência, industrialização leve ou infra-estrutura digital — ou está apenas a rolar uma dívida social disfarçada de crescimento?

BRICS e a diplomacia angolana: África no centro?
Na recente cimeira do BRICS no Rio de Janeiro, Angola foi presença destacada — não apenas como observador, mas como potencial beneficiária de novos instrumentos financeiros, como o banco dos BRICS e mecanismos de compensação não dolarizada.

A aposta do Presidente João Lourenço numa diplomacia multivectorial — reaproximando-se do Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, sem romper com o Ocidente — reflecte um esforço consciente de recolocar Angola como potência regional autónoma.

Mas essa ambição exige mais do que cimeiras e encontros de cúpula. Exige visão estratégica, diplomacia económica assertiva e capacidade de projectar influência africana com agenda própria.

O futuro: entre a realidade interna e o despertar regional
Angola é hoje um país jovem, urbano e inquieto. O que está em jogo não é apenas o PIB ou a taxa de câmbio — mas a capacidade do Estado angolano de construir confiança interna, atrair capital produtivo e inspirar um novo pacto social baseado em mérito, competência e transparência. A região olha para Angola com atenção: Moçambique, RDC, Namíbia, África do Sul, até a Nigéria, reconhecem no país uma peça-chave para a estabilidade e desenvolvimento do continente.

O tempo da hesitação passou. Angola pode ser um dos motores de um novo despertar africano — ou mais um gigante adormecido à margem da história.

Por: ALEXANDRE CHIVALE

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