Angola, desde que conquistou a sua Independência a 11 de Novembro de 1975, afirmou-se perante África e o mundo como um Estado soberano, uno e indivisível. O lema “De Cabinda ao Cunene, do mar ao Leste, um só povo, uma só nação” contribuiu decisivamente para a consolidação de um bem precioso que hoje corre o risco de ser posto em causa: a paz.
A vandalização de bens públicos e privados, em Luanda ou em qualquer outro ponto do país, é crime, conforme definido na legislação nacional. O momento exige reflexão e responsabilidade de todos os angolanos. O silêncio das armas foi conquistado com sacrifícios e vidas humanas.
Por isso, reafirmamos: não à violência, não ao vandalismo. No dia seguinte aos actos de destruição, seremos nós os mesmos a precisar dos bens danificados. E reconstruí-los custará tempo, esforço e muitos recursos financeiros que deveriam servir para educação, saúde, estradas, energia e tantas outras prioridades públicas.
A violência não constrói nações. Os homens entendem-se pelo diálogo, não pela arruaça. Os acontecimentos registados em Luanda não projectam uma imagem positiva do país no exterior. Precisamos de sentar-nos à mesma mesa, conversar e encontrar soluções, porque somos irmãos.
E como irmãos, devemos proteger o bem maior que alcançámos juntos: a paz. Este tipo de comportamento não deve alojar-se na mente – nem no consciente, nem no inconsciente – do cidadão angolano. Angola precisa de ordem, de respeito e de compromisso.
Desde segunda-feira, o Estado já perdeu milhões de kwanzas em danos e paralisações — valores que poderiam ser investidos em desenvolvimento social e infra-estruturas essenciais. Portanto, não à violência. Viva a paz, em nome de todos os angolanos! Porque para frente é o caminho.