A população da província de Cabinda enfrenta, neste momento, dificuldades para adquirir gás de cozinha para confeccionar os alimentos, recorrendo agora ao carvão e à lenha como alternativas. A situação está a ser aproveitada por oportunistas que comercializam a botija de 12 quilogramas a três mil kwanzas
Há vários dias que se assiste a um cenário de grande preocupação por parte das donas de casa que, logo pela manhã, abandonam os afazeres do lar, carregando bo tijas à cabeça e concentrando-se nos postos de revenda de gás de cozinha. O jornal OPAÍS saiu à rua para recolher algumas impressões sobre o assunto. Nos pontos de revenda de gás, notava-se um ar de frustração e desalento no semblante das senhoras.
Nos depósitos de revenda, a aglomeração de pessoas é enorme e as filas “serpenteiam” por vários metros. Num destes locais, interpelámos a cidadã Teresa Lelo, que está há três dias à procura de gás. — Está difícil e não sei se vou conseguir — desabafou a entrevistada, já visivelmente cansada e desanimada. Pascoal Paca descreveu igual- mente as dificuldades actu- ais para adquirir gás em Cabinda.
Segundo ele, muitas pessoas passam horas nas filas e acabam por sair de mãos vazias. — Mas na rua encontramos vendedores ambulantes a comercilizarem o gás a 3 mil kwanzas por botija — denunciou. Outra cidadã, identificada apenas como Mariana, afirmou estar há mais de quatro horas na fila, na esperança de conseguir gás.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda
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