Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, votos de uma boa segunda-feira. Escrevo a partir do bairro Sonangol, no município de Cacuaco, Luanda. Na verdade, a Covid-19, embora controlada em muitas partes do mundo, ainda representa uma ameaça potencial, sobretudo com o surgimento de novas variantes do vírus SARS-CoV-2.
Especialistas da área da saúde continuam a alertar que o vírus não foi erradicado, apenas controlado graças à vacinação em massa, imunidade colectiva e políticas de contenção. No entanto, a possibilidade de uma nova onda global, caso surja uma variante mais resistente ou transmissível, não pode ser descartada.
O maior risco actual reside na complacência. Com a vida voltando ao normal em muitos países, medidas como uso de máscara, higienização e até a vigilância genômica caíram em desuso. Essa redução na atenção torna o mundo vulnerável a uma nova mutação que escape às vacinas existentes.
Portanto, embora não seja possível afirmar que a COVID voltará a abalar o mundo como antes, o risco persiste. O que pode mudar o impacto de uma eventual nova onda é o nível de preparação, solidariedade internacional e capacidade de resposta rápida.
Se a lição dos anos anteriores foi aprendida, há motivos para ter esperança. Se for ignorada, poderemos assistir a um novo capítulo de caos sanitário e social.
Por: Luís Faria Sousa Luanda, Samba