O secretário de Estado da Saúde para a Área hospitalar, Leonardo Inocêncio, reconheceu nesta quinta-feira, em Luanda, que a integração da Inteligência Artificial (IA) no sistema de saúde ajuda a reduzir os erros médicos, actuando directamente na prevenção de doenças, agilidade no diagnóstico e na recuperação do paciente
O responsável, que falava durante um fórum sobre “Inteligência Artificial”, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos em Angola, explicou que o uso desta tecnologia vem modernizar e actualizar o sistema de saúde tocando em diversos pilares, nomeadamente, biológicos, psicológicos e sociais. “… Por exemplo, em Angola já temos feito alguns procedimentos usando a IA, principalmente na área de imagiologia e essa traz mais nitidez e resolução de imagem, evitando assim a perda e erros por mal diagnóstico”, precisou. Leonel Inocêncio admitiu que o desenvolvimento dos sistemas de saúde é uma preocupação global e em muitos países a utilização da IA está sendo vista como uma das principais soluções para melhorar a eficiência e qualidade do atendimento.
“Esta tecnologia consiste em um sistema baseado em máquinas que pode, para um determinado conjunto de objectivos definidos pelo homem, fazer previsões, recomendações ou decisões que influenciam ambientes reais ou virtuais”, referiu. No que toca à cirurgia robótica, frisou, a IA tem tido um papel fundamental na dinamização e capacitação dos cirurgiões, durante a navegação em anatomias complexas com precisão aprimorada, reduzindo assim o risco de erros.
Para o responsável, a cirurgia robótica, interligada à inteligência artificial, diminuiu o tempo operatório com menos dor, bem como permite a alta médica precoce. Para isso, o Ministério da Saúde em Angola tem um plano de formação com base nas tecnologias de informação e que nas de mais cinco mil unidades sanitárias, espalhadas pelo país, muitas delas possuem tecnologias de ponta com software que usa inteligência artificial.
Por seu turno, o encarregado de negócios dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe, Noah Zaring, afirmou que a IA veio para transformar e impulsionar avanços médicos, melhorando assim o acesso à educação, reforçando a segurança cibernética e a promoção da agricultura sustentável.
Em Angola, notou, vê-se sinais claros do mesmo dinamismo nas universidades, nos centros de inovação e nas startups, tanto do sector público como do privado. Por outro lado, a coordenadora do fórum sobre IA, Alexandra Zau, considerou um grande desafio para Angola, principalmente porque o país ainda caminha para as tecnologias, uma vez que existem zonas suburbanas sem acesso à internet.