A Fundação Kissama e o Instituto Nacional da Biodiversidade estão a intensificar os esforços para a protecção dos elefantes da floresta em Angola, através de um projecto iniciado em 2018, que visa identificar áreas de presença da espécie e mitigar os crescentes conflitos entre humanos e animais
Um workshop de alinhamento e debate sobre o estado e conservação dos elefantes-da-floresta, organizado pela Fundação Kissama, no âmbito do Projecto Nzau (de conservação dos elefantes-da-floresta (Loxodonta cyclotis), espécie em perigo crítico), foi realizado ontem, em Luanda, com o objectivo de apresentar os resultados do referido projecto; apresentar experiência sobre conflito homem-elefante em Moçambique e apresentar as perspectivas nacionais sobre os elefantes-da-floresta.
Segundo Vladimir Russo, da Fundação Kissama, o objectivo do projecto é identificar zonas de ocorrência dos elefantes da floresta — principalmente nas províncias de Cabinda, Bengo, Uíge e Cuanza Norte — para propor duas medidas concretas: mitigação de conflitos homem-elefante e criação de áreas de conservação.
“É essencial sabermos onde estão os elefantes, onde vivem as pessoas e onde há conflito, para aplicarmos técnicas de afugentamento, protecção e resposta às interações”, explicou Russo.
Desde o início do projecto, já foram colocadas coleiras com GPS em alguns elefantes, recolhidas amostras de DNA e criadas redes de guardiões comunitários para monitorização.
Entre os resultados mais recentes destacam-se mais de 1000 imagens captadas por câmaras-armadilha; a colecta de mais de 100 amostras biológicas para análise genética; acções de sensibilização junto às comunidades locais assim como o estabelecimento de uma rede de informação sobre a localização dos elefantes.
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