O novo director da 1ª região tributária da Administração Geral Tributária (AGT), Ivo Nhany, anunciou, esta quarta-feira, na cidade de Mbanza Kongo, que o Estado angolano auferiu 71 mil milhões de kwanzas resultantes do pagamento de impostos e taxas aduaneiras, durante o ano económico de 2024.
De acordo com o director, que falava à imprensa na saída de um encontro que manteve com o governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, o ano de 2025, até agora, tem sido bastante desafiador em termos de receitas devido às constantes infracções de muitos agentes económicos, que optam por dividir ou separar a mercadoria ao longo da fronteira com a RDC, para se absterem do pagamento das taxas aduaneiras, lesando desta forma o Estado.
“Temos verificado que muitos agentes económicos quando chegam à fronteira fragmentam ou separam a mercadoria em zonas neutras e alugam motorizadas para transporem a fronteira por vias clandestinas, abstendo-se do pagamento das taxas aduaneiras”, avançou.
O responsável destacou ainda a perda enorme que o país regista com as constantes infracções que se tem registado ao longo dos postos fronteiriços.
“São valores avultados que Angola perde no final de cada dia com essa prática de alguns empresários ao longo das fronteiras comum, por falta de tributação dessas mercadorias”, salientou.
Como solução, o responsável da região tributária em que integram as províncias de Cabinda e Zaire afirmou que a instituição está a trabalhar para acabar com a fragmentação de mercadorias pelos importadores e exportadores ao longo da fronteira, e está a promover campanhas de educação e sensibilização dos agentes económicos sobre o princípio da reciprocidade da tributação de mercadorias que entram e saem de Angola.