O presidente do Conselho de Administração da Associação Angolana de Bancos (ABANC), Mário Nascimento, exortou os bancos angolanos a se posicionarem melhor no contexto global,no sentido de atrair investimentos para sustentabilidade financeira, sobretudo na economia verde
Mário Nascimento apresentou ontem, durante a conferência sobre Sustentabilidade na Banca, reflexões para o contexto angolano, nomeadamente, a concessão de créditos para investimentos em economias verdes; os riscos que o sector bancário enfrenta, pois muitas empresas não apresentam garantias viáveis, até a gestão de riscos.
Para o responsável, os bancos hoje, devem olhar para sustentabilidade, não como uma opção, mas um imperativo global. Para o alcance de tal desiderato, não devem agir de forma isolada, mas construir pontes com o Executivo, reguladores e até parceiros internacionais, para seguir a tendência mundial e Angola não ficar para trás.
Mário Nascimento defendeu um trabalho conjunto para a economia verde, realçando que, quem fazer investimento nesta área, não se tratará de um custo, mas de uma inclusão social.
De acordo com o PCA da ABANC, apesar dos progressos que Angola vem registando na banca, o avanço da sustentabilidade, hoje, deixa de ser opção e ser critério de competitividade para o acesso a capital, para a manutenção de correspondentes bancários e para o reforço da confiança dos investidores.
Disse que o país, apesar dos avanços que se registam na sustentabilidade na banca, falta uma linguagem comum, que dê clareza ao mercado sobre o que é um mercado sustentável, razão principal da realização do evento para reflexão.
Mesas-redondas e debates aqueceram a III conferência, sob o lema: “Financiamento sustentável e a importância de uma taxonomia climática e social para Angola”.
A representante do Banco Nacional de Angola, Rosa Kagimbangue, reforçou igualmente que a sustentabilidade é uma tendência mundial inconcordável, no contexto angolano, onde os desafios económicos exigem soluções integradas ao sector bancário.
A responsável destacou o compromisso do Conselho de Supervisão Financeira do Banco Nacional de Angola na sustentabilidade do sistema financeiro.
O certame que contou com especialistas da União Europeia e outras entidades surgiram para refletir os caminhos a serem seguidos paras as boas práticas de sustentabilidade no sector bancário.
Por: José Zangui